GUIA 2025: Racing Bulls tenta disfarçar, mas rótulo de equipe secundária é inevitável
Isack Hadjar chega à Racing Bulls para a temporada 2025 da Fórmula 1 e mantém a tradição da equipe de servir como o primeiro passo de pilotos da academia da Red Bull na categoria. Porém, um quase veterano Yuki Tsunoda do outro lado da garagem parece estar de saída
A Racing Bulls chega para 2025 com um único objetivo verdadeiro em mente: conquistar o sexto lugar do Mundial de Construtores. A meta também era essa no ano passado, mas a Haas em ascensão e a Alpine surpreendendo no final atrapalharam os planos. Apesar de querer mostrar que a realidade é outra e que o sonho de compor a ‘F1 A’ existe, a equipe de Faenza não consegue esconder o real propósito do time.
Desde que entrou na Fórmula 1 como Toro Rosso, em 2006, a equipe secundária da Red Bull serve apenas como um primeiro passo para jovens pilotos da academia do time que estão entrando na F1. Apesar de conquistar duas vitórias inacreditáveis na história, com Sebastian Vettel e Pierre Gasly, ambas em Monza, a realidade da equipe nunca foi essa.
E isso não muda para 2025. Com Isack Hadjar entrando na escalação de pilotos, a Red Bull deixa claro que Liam Lawson já está pronto para a F1 e que chegou a hora de desenvolver outro talento com potencial. E neste caso, o estreante vem de uma forte campanha na Fórmula 2, que culminou com o vice-campeonato em 2024.
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Com isso, o ciclo da Racing Bulls continua. Porém, ao observar o outro lado da garagem, a presença de Yuki Tsunoda é estranha, talvez até constrangedora. O japonês está indo para a quinta temporada pela equipe e não tem previsão alguma de subir para a Red Bull em breve, apesar de deixar claro esse desejo.
Porém, obviamente, essa decisão não cabe a Tsunoda exclusivamente. A Red Bull claramente está esperando 2026 chegar para se livrar da Honda e, consequentemente, do #22, isso inclusive já vem sendo falado. Vale lembrar que o japonês era piloto da academia da Honda originalmente e recebeu apoio da marca para subir ao time de Milton Keynes, o que nunca aconteceu.
Ao pensar por um lado, a presença de Tsunoda na equipe pode afastar o rótulo de ‘time secundário da Red Bull’. Afinal, se um piloto com cinco anos de experiência ainda está por lá, logo o foco da equipe não parece ser em formar jovens talentos. Porém, assim como aconteceu com o veterano Daniel Ricciardo entre 2023 e 2024, o japonês só está por lá para preencher um buraco.
Arvid Lindblad, que é considerado o maior talento atual da academia, completou apenas 17 anos em 2024 e está partindo agora para a primeira temporada na Fórmula 2. Enquanto o britânico não tiver o mínimo de experiência para assumir um posto na Racing Bulls, o tapa-buraco Tsunoda será necessário.

E essa não é a primeira vez que a Red Bull se encontra em situações constrangedoras com seus pilotos na equipe secundária. Já aconteceu com Ricciardo, quando foi demitido durante a temporada em 2024, e com Gasly, que foi promovido à Red Bull e rebaixado de volta à Toro Rosso em questão de meses em 2019, apenas para citar alguns.
A diferença é que o constrangimento agora acontece pela falta de movimentação na equipe, que costuma demitir, promover e rebaixar pilotos a um ritmo acelerado. Tsunoda acredita que já fez de tudo para merecer o assento ao lado de Max Verstappen, mas a realidade é que é preciso ter um tapa-buraco na equipe para os verdadeiros prospectos fortes da academia da Red Bull ganharem uma chance.
Portanto, a realidade da Racing Bulls não muda para 2025. A equipe precisa brigar para ficar na parte de cima da ‘F1 B’ e cumprir com as exigências da Red Bull, que apenas pede que a esquadra não fique no fundo do grid. Caso contrário, a filosofia de desenvolver pilotos jovens pode ser colocada em xeque, assim como a existência do time como um todo.
A Fórmula 1 abre a temporada 2025 entre os dias 13 e 16 de março, no GP da Austrália, em Melbourne. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades AO VIVO E EM TEMPO REAL. O TL1 está marcado para a noite ainda da quinta-feira (13), a partir das 22h30. O TL2 começa já depois da 0h e, portanto, na madrugada da sexta-feira (14), às 2h. Depois, a situação se repete com o TL3 realizado às 22h30 da sexta-feira, enquanto a classificação define o grid de largada começando às 2h do sábado (15). Por fim, a largada está marcada para a 1h do domingo (16). Tanto classificação quanto corrida terão transmissão do GP em SEGUNDA TELA no YouTube, em parceria com a Voz do Esporte. O Briefing chega para comentar na GPTV após o fim de cada dia de atividades.
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