Ao optar por contar com dois pilotos novatos em seus carros para a temporada 2021 da Fórmula 1, a Haas tem, literalmente, pago o preço. Nikita Mazepin e Mick Schumacher tem se destacado muito mais de forma negativa, sobretudo em razão das rodadas e batidas, do que pela performance nas pistas do Mundial. Mick, por exemplo, bateu forte nos finais de semana dos GPs de Mônaco, França e Hungria. Ciente do baixo orçamento que a equipe norte-americana dispõe, Guenther Steiner não escondeu a preocupação com o prejuízo causado pela série de batidas e pediu um basta.
“Você sempre se planeja sobre acidentes, especialmente com pilotos novatos. Mas agora chegamos a um ponto em que temos de trabalhar sobre como ter menos acidentes pelo restante da temporada”, declarou o dirigente italiano em entrevista veiculada pelo site Planet F1.
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“Mick, nas últimas cinco corridas, teve alguns bem fortes. Você sabe que rodar, escapar ou algo do tipo acontece, mas esses acidentes foram muito fortes. É muito dinheiro [gasto] sem um bom motivo, então temos de trabalhar nisso para melhorar e, obviamente, o orçamento está lá, você precisa cumpri-lo”, salientou.
“No momento, ainda podemos lidar com isso, mas em breve estaremos numa posição em que precisaremos encontrar novas formas de superar isso porque eles estão se tornando um pouco frequentes e fortes demais”, advertiu Steiner.
O chefe da Haas lembrou que, com todo o foco da equipe voltado para 2022, é desnecessário lutar na pista e correr riscos, mesmo numa disputa entre os dois pilotos, porque não há chances reais de somar pontos e de crescer na tabela do Mundial de Construtores. Atualmente, a Haas é a única equipe zerada no campeonato.
“O que precisa ser explicado aos jovens é que você tem de fazer um julgamento: vale a pena ou não. Um risco válido seria se você tivesse a chance de ganhar uma posição no Mundial de Construtores. Obviamente, precisamos acelerar, e sempre digo que não sou contra a luta entre os dois. Não digo para eles não disputarem, mas sim para minimizar o risco de causar danos, o que não ajuda ninguém”, explicou.
“O risco valeria a pena, mas neste momento não temos a chance de melhorar na classificação do Mundial”, concluiu o realista e preocupado Guenther Steiner.