‘Homem Marlboro’ na Fórmula 1, John Hogan morre aos 76 anos vítima de Covid-19

Diretor de marketing da Marlboro e responsável por ajudar a mudar a cara da Fórmula 1 entre os anos 1970 à década de 1990, o australiano John Hogan perdeu a vida após lutar contra a Covid-19 no último domingo

A Covid-19 fez mais uma vítima no meio do esporte a motor no último domingo (3). John Hogan, ex-executivo australiano de 76 anos, conhecido no automobilismo como ‘Marlboro Man’ (ou ‘Homem Marlboro’, em tradução livre), foi o responsável por impulsionar de forma substancial o aumento de gastos na Fórmula 1 entre as décadas de 1970 e 1990, elevando o esporte para um outro patamar em termos de marketing e publicitários. Hogan atuou como diretor de marketing da marca de propriedade da Philip Morris.

Mesmo oficialmente fora da Fórmula 1 desde a década de 2000, quando estampou a sua marca até 2007 na Ferrari, a Marlboro até hoje é lembrada por muitos fãs do esporte por sua ligação com a McLaren, iniciada em meados dos anos 1970 e que durou até 1995. Graças a Hogan, a Marlboro tornou-se a principal patrocinadora da escuderia de Woking e ajudou a impulsioná-la ao topo da Fórmula 1 por muito tempo graças também ao dinheiro investido, o que foi determinante para elevar o nível da McLaren. Antes, a marca havia sido patrocinadora da equipe BRM.

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Ícone da Fórmula 1, John Hogan morreu aos 76 anos (Foto: Reprodução)

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Foi de Hogan também a iniciativa de levar Ron Dennis, que na época era dono de equipe na Fórmula 2, à McLaren, sendo outro fator decisivo para que a equipe britânica se tornasse uma das maiores vencedoras e campeãs da F1 em todos os tempos.

Por intermédio do executivo, a Marlboro ajudou a investir nas carreiras de pilotos que viriam a fazer história no automobilismo, como James Hunt, Niki Lauda, Ayrton Senna e Mika Häkkinen, uma das ‘descobertas’ de Hogan nos tempos ainda de Fórmula 3.

A Marlboro fez história na Fórmula 1 principalmente com a McLaren (Foto: Reprodução/Twitter)

Aliada histórico da Penske na Indy, a Marlboro estampou sua marca nos carros de Roger Penske até o veto à publicidade tabagista nos anos 2000. Por meio de John Hogan, executivo da Marlboro na Europa, Ayrton Senna fez o famoso teste em um carro da Penske no circuito de Firebird, no Arizona, no momento em que o brasileiro vivia a incerteza sobre a permanência ou não na McLaren em 1992.

Hogan se aposentou em 2002 e, no ano seguinte, foi contratado pela Jaguar para ser diretor comercial e esportivo. O executivo não ficou muito no cargo, apenas um ano, saindo de cena da Fórmula 1 desde então.

Zak Brown, CEO da McLaren, tinha em John Hogan um amigo e mentor. O chefão da equipe que o australiano ajudou a elevar a outro patamar rendeu homenagens ao executivo tão logo soube da notícia do seu passamento.

“Profundamente triste com a morte de John Hogan nesta manhã após uma batalha corajosa contra os efeitos da Covid. John foi um cavalheiro, um pioneiro e uma lenda do automobilismo e da Fórmula 1. No nível pessoal, ele foi um mentor e amigo brilhante”, escreveu Brown em sua conta no Twitter.

“Não estaria onde estou sem John Hogan, e há muitos no esporte que diriam o mesmo. Respeitado por todos, ele me ensinou e me aconselhou de forma sábia. Minhas mais profundas condolências a Annie, Ally e Andrew. Descanse em paz, Hogie”.

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