Honda diz que troca de motor dá “grande vantagem” a Verstappen sobre Hamilton

Diretor da montadora japonesa diz que troca foi feita no momento certo, o que dá a Max Verstappen vantagem sobre Lewis Hamilton. Piloto inglês ainda precisará trocar sua unidade de potência

Com o segundo lugar de Max Verstappen no GP da Rússia após largar da última posição por conta da troca de componentes no motor de seu carro, a Red Bull conseguiu um resultado além de suas expectativas ao final da corrida. Desde o GP da Hungria, quando foi descoberta uma rachadura no motor do holandês causada no acidente com Lewis Hamilton em Silverstone, a equipe de Milton Keynes já sabia que teria que fazer mais uma troca, o que acarretaria inevitavelmente a perda de posições no grid em razão do uso da quarta unidade motriz na temporada.

Assim, tudo se desenhou como uma questão de saber qual seria o melhor momento para Verstappen levar uma punição e perder posições no grid, buscando assim reduzir os danos ao máximo possível em relação a Hamilton. E, segundo o diretor da Honda na Fórmula 1, Masashi Yamamoto, foi exatamente o que a Red Bull conseguiu na corrida disputada em Sóchi.

“É o ideal. Nós sabíamos que a Mercedes estaria mais rápida aqui, e as configurações dos carros dos dois times eram completamente diferentes”, explicou o engenheiro ao site japonês AS-web.

“Foi por isso que pensamos que seria inevitável a Mercedes terminar em primeiro e segundo. O segundo lugar do Max significou uma redução de danos e, além disso, temos um quarto motor, o que dá a Verstappen uma grande vantagem”, disse.

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Max Verstappen durante a disputa do GP da Rússia, em Sóchi (Foto: Red Bull Pool Content/Getty Images)

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A decisão de trocar o motor não foi tomada até o fim do primeiro treino livre, disputado na sexta-feira. Na classificação de sábado, Verstappen nem sequer tentou uma volta lançada, conformado em largar na última posição e fazer uma corrida de recuperação no domingo – o que acabou funcionando. Agora, será a Mercedes que precisará calcular quando fazer o mesmo com Hamilton, que dificilmente terá condições de levar a atual unidade de potência até o final do ano.

“Não foi uma escolha fácil. Tínhamos várias opções, e tivemos de decidir como proceder depois do TL1 [na Rússia]. Foi uma escolha difícil, e a Red Bull pensou sobre ela até o último instante”, afirmou.

Yamamoto ainda revelou a previsão feita pela Red Bull para a corrida, com um quinto lugar de Verstappen. No entanto, como se sabe, as coisas correram melhor do que o planejado, com o holandês em segundo e o companheiro de Hamilton, Valtteri Bottas, apenas na quinta colocação.

“Tínhamos de fazer [a troca de motor] em algum momento. Foi a opção correta fazer durante o fim de semana do GP da Rússia. Pensamos que (chegaríamos) mais ou menos em quinto. Lewis venceu, mas Max ficou em segundo. Acho que foi um final muito bom para a Red Bull Honda”, encerrou.

Hamilton e Verstappen abrem mais um capítulo da luta pelo título da Fórmula 1 2021 no próximo final de semana, entre os dias 8 e 10 de outubro, no GP da Turquia, no Istambul Park.

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