Honda iguala sequência histórica na Fórmula 1 com cinco vitórias seguidas

Com Max Verstappen no último GP da Áustria, a Honda chegou a nada menos que cinco vitórias seguidas na temporada 2021 da F1, algo só alcançado nos tempos de Ayrton Senna e Alain Prost na McLaren

Verstappen aplica novo domínio e vence: os melhores momentos do GP da Áustria (GRANDE PRÊMIO com Reuters)

A Honda chegou a uma marca impressionante no fim de semana do GP da Áustria. Com o triunfo obtido por Max Verstappen no último domingo (4), a marca japonesa, que está de saída da F1 ao fim desta temporada, alcançou nada menos que cinco vitórias seguidas. Um feito somente comparável ao fim dos anos 1980 com Alain Prost e Ayrton Senna na McLaren.

A sequência vitoriosa da Honda ao lado da Red Bull em 2021 começou com o triunfo acachapante de Verstappen no GP de Mônaco. O holandês, aliás, poderia estar ainda melhor no campeonato se não fosse pelo enorme azar com um furo no pneu traseiro esquerdo nas voltas finais do GP do Azerbaijão. O revés sofrido nas ruas de Baku fez com que a vitória caísse no colo logo do seu companheiro de equipe, Sergio Pérez.

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A parceria entre a Red Bull e a Honda impulsiona Max Verstappen na luta pelo título em 2021 (Foto: Red Bull Content Pool)

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Aí Verstappen emendou uma série implacável de vitórias e aplicou um sonoro 3 x 0 na Mercedes e em Lewis Hamilton. O líder do Mundial de Pilotos triunfou nos GPs da França, em Paul Ricard, e foi soberano na rodada dupla realizada no Red Bull Ring ao subir no topo do pódio nos GPs da Áustria e da Estíria.

Desta forma, a Honda emendou cinco vitórias seguidas, mas são seis no campeonato como um todo, contando também com outro triunfo logrado por Verstappen, vencedor no GP da Emília-Romanha, em Ímola.

O feito da Honda remete aos anos de glória da McLaren com Ayrton Senna e Alain Prost no fim da década de 1980. Em 1988, ano em que Senna e Prost foram os grandes protagonistas daquela temporada, que teve o brasileiro como campeão do mundo, a marca japonesa venceu nada menos que 11 vezes seguidas.

Em 1991, ainda com Senna, mas já sem Prost, a Honda empilhou quatro vitórias consecutivas, marca que agora ficou para trás com a conquista de Max no último domingo.

Ironicamente, justo no seu melhor ano na Fórmula 1 desde quando retornou ao grid, em 2015, a Honda corre o risco de não mostrar todo o poderio das suas unidades motrizes em casa. É que o GP do Japão está em xeque em razão das restrições de viagem por conta da pandemia no país. Em junho, a MotoGP anunciou o cancelamento da etapa japonesa do Mundial e, nesta quarta-feira, foi a vez de o Mundial de Endurance tornar pública a não-realização das 6 Horas de Fuji, prevista para o fim de setembro.

Ao mesmo tempo em que trabalha com a Red Bull na transferência de tecnologia de motores depois de sua saída oficial, prevista para o fim do ano, a Honda consolida um trabalho marcado por um grande calvário, especialmente nos três primeiros anos deste regresso à F1 com a entrada na era híbrida de motores. Foi neste período, justamente em casa, no GP do Japão de 2015, que Fernando Alonso, então na McLaren, bradou contra o “motor de GP2” e causou constrangimento geral.

Seis anos depois, a Honda já pode cunhar uma máxima deixada pelo seu fundador, o lendário Soichiro Honda: “O sucesso é construído por 99% de fracasso”.

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