Hülkenberg reconhece valor do halo em acidente em Spa, mas admite “sentimentos conflitantes”

Critico feroz do halo, Nico Hülkenberg reconheceu que o halo teve um papel importante em manter Charles Leclerc a salvo após o acidente em Spa-Francorchamps. O titular da Renault considerou o dispositivo útil, mas admitiu que ainda tem sentimentos conflitantes

Critico feroz do halo, Nico Hülkenberg ainda não é 100% favorável ao dispositivo, mas já reconhece a importância do recurso de segurança. Após o acidente no GP da Bélgica, o titular da Renault falou em “sentimentos conflitantes”.

 
Na largada em Spa, Hülkenberg errou a freada e atingiu Fernando Alonso por trás. O espanhol, então, levantou voo e passou por cima da Sauber de Charles Leclerc na La Source, primeira curva do circuito belga.
 
Hülkenberg, Alonso e Leclerc escaparam ilesos, mas os carros ficaram destruídos. Para o monegasco, a situação foi particularmente dramática: o carro do espanhol tocou o halo da Sauber #16, indicando que a cabeça do piloto ficaria em risco sem a proteção.
Nico Hülkenberg ainda não morre de amores pelo halo (Foto: Renault)
Às vésperas do GP da Itália, Hülkenberg foi questionado se mudou de opinião após ver o efeito prático da proteção, mas disse que ainda está dividido.
 
“Acho que, apesar de eu ainda não ser um grande fã do halo e do dispositivo, eu tenho de ver os fatos e admitir que ele traz algo para a F1, especialmente a segurança que temos no carro”, disse Hülkenberg. “Então, ainda tenho sentimentos conflitantes, mas, de qualquer forma, não cabe a mim. É o que é”, seguiu.
 
Ainda assim, Hülkenberg admitiu que a peça representa uma importante passo à frente em termos de segurança.
 
“Se mostrou ser bem útil e um bom dispositivo”, admitiu. “Só podemos especular sobre o que aconteceria sem ele, mas parece bem claro levando em conta que as marcas de pneu estavam bem em cima do halo. Então, deste ponto de vista, ele fez um bom trabalho em manter a cabeça segura”, continuou.
 
Assim como Hülkenberg, Kevin Magnussen mantém a opinião contrária ao halo, mesmo celebrando o fato de ninguém ter se ferido no acidente em Spa-Francorchamps.
 
“Só fico feliz que ninguém se machucou ― ninguém quer se machucar e ninguém quer ver outra pessoa machucada. Então esse é realmente o fim da história”, disse o piloto da Haas. “Mas isso não muda o fato de que a minha ideia de F1 é sem o halo, assim como a minha ideia de moto são duas rodas”, apontou.
 
“Mas aí, claro, você se questiona quando vê que o halo acabou de salvar uma vida. E você não vai dizer: ‘Ah, gostaria que ele não estivesse lá’”, falou. “Claro, estamos felizes por ele estar lá neste caso”, resumiu.
 
Vítima do acidente, Leclerc avaliou que, ainda que não seja uma certeza de que sua cabeça seria atingida pelo carro de Alonso, os eventos de Spa devem encerrar o debate.
 
“Olhando as imagens, não podemos saber o que aconteceria sem ele, mas, obviamente, fiquei bem feliz por tê-lo sobre a minha cabeça”, afirmou Charles. “Ele agora merece estar na F1. Parecendo ruim ou não, não acho que isso importe mais”, concluiu.
 
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