Button relembra dificuldades e se compara com Alonso e Hamilton: “Não fazia igual”

Expondo suas fraquezas, Jenson Button comparou seus resultados aos de Fernando Alonso e Lewis Hamilton na Fórmula 1, mas também achou pontos positivos: "Meu estilo de pilotagem é a maior força que tenho"

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Há pilotos que descobrem suas forças nas disputas internas existentes da Fórmula 1. Mas há aqueles que também encontram suas fraquezas ao correr ao lado de grandes nomes, como é o caso de Jenson Button. Campeão mundial em 2009, o britânico comentou como era competir ao lado de Lewis Hamilton, de 2010 a 2012, e Fernando Alonso, de 2015 a 2016. Com ambos na McLaren, o ex-piloto de F1, aposentado no final da temporada de 2016, explica que os carros da equipe de Woking, sobretudo, eram sua maior fraqueza, antes e depois da era híbrida, desde o modelo MP4-25 ao MP4-31.

“Uma das minhas fraquezas era que eu não conseguia evoluir depois de um fim de semana ruim”, disse Button, em entrevista ao podcast High Performance. “Mas eu sinto que já superei isso”.

“Mas a minha maior fraqueza, que eu não consegui superar, é que eu guiava um carro ruim. Lewis e Fernando podem guiar um carro ruim e tirar dele muito mais proveito do que eu”, acrescentou.

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Fernando Alonso e Jenson Button foram companheiros de equipe em 2015 e 2016 (Foto: Reprodução)

Mesmo depois do campeonato mundial de 2009 em bons tempos com a Brawn, Button não conseguiu encontrar caminhos melhores na McLaren no ano seguinte — embora tenha passado perto. No início da parceria com o #44, ele terminou 26 pontos do hoje heptacampeão. Foi só em 2011 que o britânico mais velho iria terminar uma temporada à frente de Hamilton na classificação e com o vice-campeonato mundial. Ele e Nico Rosberg são os únicos que conseguiram o feito, até o momento. E, por isso, Button também apontou uma de suas maiores qualidade para ter superado Hamilton: seu estilo de pilotagem.

“Minha maior força é o meu estilo de pilotagem, que é muito diferente da maioria”, explicou ele. “Por exemplo, quando Lewis vai fazer uma curva, ele aciona freio o mais forte que pode. Ele vira o carro e continua acelerando na mesma proporção até finalizar a curva, e ele controla tudo por meio do volante. Eu fazia o contrário. Eu freava devagar para evitar que as rodas da frente travassem, e aí eu acionava o acelerador, para não precisar mudar meu ângulo na pista e para que eu fosse mais suave no volante”.

“Por isso é que diziam que a minha pilotagem era suave e muito diferente de alguém como Lewis. Isso me chateou de certa forma, mas também ajudou com chuva. Acho que conseguia sentir o carro muito mais do que os outros. Muitas pessoas pilotavam pelo que viam, mas eu pilotava pelo que sentia e era aí que estava a minha força naquelas condições da pista. E metade das minhas vitórias na F1 foram assim. Não estou dizendo que gosto dessas condições, ninguém gosta, apenas de que fiz melhor que os outros”, concluiu.

Já na disputa interna com Fernando Alonso, o placar ficou empatado em 1 a 1. Em 2015, o britânico ficou à frente, mas viu o espanhol se dar melhor em 2016. No entanto, a relação que parecia mais conturbada à época tornou-se símbolo de admiração por parte do ex-piloto. No início do ano, ele comentou, inclusive, como a volta de Alonso à maior categoria do automobilismo era positiva nesta temporada, principalmente por ver o asturiano “mais humilde e educado” com o passar dos anos.

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