Norris e Ricciardo defendem segunda chance para Masi como diretor de prova da F1

Lando Norris e Daniel Ricciardo apontaram para algumas questões que fazem com que ambos acreditem que a permanência de Michael Masi é o caminho a seguir

McLAREN APRESENTA MCL36 PARA TEMPORADA 2022 DA F1 | React

Quem será o representante da FIA à frente das corridas da Fórmula 1 na temporada 2022? A posição de Michael Masi ficou extremamente ameaçada após o final conturbado do campeonato passado e, com pouco mais de um mês para a a primeira prova do novo ano, ainda não há uma resposta para a investigação da FIA. No que diz respeito à dupla de pilotos da McLaren, Lando Norris e Daniel Ricciardo, porém, Masi fica.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
McLaren apresenta MCL36 carregada no preto na pintura laranja e com lateral alongada

Que fique claro, entretanto, que Norris e Ricciardo não foram defensores irrestritos de Masi e das atitudes do GP de Abu Dhabi. O inglês, por exemplo, exaltou a necessidade de mais consistência, que vê como o grande problema do ano passado.

“Ainda é difícil de responder [sobre a percepção geral do que aconteceu em Yas Marina], mas acho que o óbvio é que queremos consistência. Quando algo é inconsistente, como naquele fim de semana, é que as pessoas ficam incomodadas e frustradas”, disse ao site inglês The Race.

O campeonato é feito mais que apenas do final, de acordo com Norris. “Creio que é bom ter comissários diferentes entre os fins de semana, porque você não quer um direcionamento especial para algum piloto. Então, creio que 95% ou 99% das coisas são boas, mas o que queremos mais é consistência. Nós, enquanto pilotos, cometemos erros e todos conseguem ver. É o mesmo com eles, certo? É humano cometer erros”, argumentou.

Eis o McLaren MCL36 de Norris e Ricciardo para temporada 2022 da F1 (Foto: McLaren)

“Se foi algo que aconteceu em tão pouco tempo, então é assim que funciona. Eu apoio Michael e acho que muitas outras coisas que ele fez nas últimas temporadas foram ótimas. É uma questão de ajuste fino com essas pequenas coisas que podem ter grande impacto. Temos confiança de que as coisas vão na direção certa. Perceber as áreas em que as coisas podem melhorar ou que dê para cometer menos erros, coisas assim. Mas eu confio [que vai acontecer]”, falou.

O companheiro de McLaren seguiu a mesmíssima direção. Segundo ele, a permanência de Masi seria o correto e, apesar da controvérsia, o GP de Abu Dhabi não vai afastar ninguém da F1.

“Se Michael quiser ficar, deveria. Não creio que um evento é o panorama correto das coisas. Fui para casa no Natal e meus amigos e família perguntaram o que eu achei da última corrida. Da parte deles, as opiniões foram bem mistas entre ‘não sei se gostei’ e ‘a volta final foi muito divertida com a decisão’. Fiquei na primeira fila para para ver o que aconteceu, então, na hora, pensei ‘isso está realmente acontecendo? É muito doido’. Foi um momento memorável, certamente, e do qual nem todo mundo vai gostar, mas acho que os apaixonados pelo esporte vão seguir apaixonados”, opinou.

Ricciardo foi um pouco adiante e lembrou da exposição nunca antes vista de figuras como Masi e dos comissários, os árbitros das atividades esportivas da F1. Com a transmissão de conversas com as equipes em momentos tensos, por exemplo, a situação colocou o público dentro da tomada de decisão e da pressão feita pelas partes.

MICHAEL MASI; DIRETOR DE PROVA; FIA; FÓRMULA 1;
Michael Masi esteve no centro da polêmica sobre o GP de Abu Dhabi (Foto: FIA)

“Há muita pressão neles, para ser honesto. O esporte, de maneira geral, tem muito mais exposição hoje, o que é ótimo para alguns elementos, mas provavelmente coloca sob pressão gente que não quer ficar nessa condição ou que não está acostumada a isso. É difícil olhar para trás e imaginar quando um diretor de corridas ou um comissário apareceu tanto na mídia. É um território único e desconhecido”, apontou.

“Não sei se a palavra é ‘injustiça’ ou qual é, mas há uma nuance na situação. Algumas coisas foram destacadas demais e acabaram colocando pressão na situação que veio depois. A sensação é de que foi intenso demais. Todo mundo deveria dar um passo atrás. Todos temos um papel e as pessoas estão nesse papel pro um motivo, então deixemos que façam seus trabalhos”, declarou.

“Em alguns momentos, houve muita interferência, o que, eu acho, deixou as coisas mais bagunçadas do que deveria. Menos interferência em geral provavelmente vai render menos pressão”, finalizou.

A expectativa é que a FIA defina sobre o futuro da direção de corridas nos próximos dias, mas a FIA já indicou, por meio do novo diretor de monopostos, Peter Bayer, que o papel de diretor de prova tem chance de ser diferente em 2022. De qualquer maneira, a primeira corrida do ano é o GP do Bahrein, no fim de semana de 20 de março. Antes disso, entre 23 e 25 de fevereiro, os carros vão à pista para a primeira sessão de testes coletivos de pré-temporada, em Barcelona.

CHAMAR TÍTULO DE VERSTAPPEN DE MANCHADO É VISÃO TACANHA DA F1
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.