Verstappen projeta F1 2025 e põe Red Bull contra cordas: “Assim não seremos campeões”
Max Verstappen pede evolução da Red Bull nos pontos fracos descobertos ao longo de 2024 para ter chance de conquistar título em 2025
É tempo de férias e tranquilidade para os pilotos e equipes da Fórmula 1, que logo voltam ao trabalho pensando na temporada 2025. Mas Max Verstappen, campeão nos últimos quatro anos, já deixa o aviso: Red Bull precisa evoluir francamente para defender o cinturão. Do contrário, sem meias voltas, será derrotada.
O tetracampeão mundial é afeito a declarações diretas e foi assim que tratou a situação. Afinal, a Red Bull sofreu em diversos momentos da temporada 2024 e foram o brilhantismo de Verstappen e a vantagem construída nas primeiras corridas do ano, enquanto a equipe dos energéticos ainda estava muito à frente das demais, que definiram o jogo. E não dá para segurar um ano inteiro desta maneira.
“Se continuarmos assim, não seremos campeões ano que vem. É simples assim. Precisamos evoluir para sermos competitivos na próxima temporada. Sabemos disso”, decretou em entrevista ao jornal neerlandês De Telegraaf.
“Confio na capacidade da equipe para consertar os problemas de equilíbrio que tivemos em 2024. Algumas coisas que não podiam ser mexidas durante o ano podem ser modificadas para 2025. Sabemos, por exemplo, que temos de melhorar quando passamos por zebras, ondulações e curvas de baixa velocidade. Essas são geralmente as nossas fraquezas. Se ainda formos superados nessas situações, a questão será baseada em pura velocidade”, explicou.

“Da minha parte, sempre mantenho a pressão forte, até em mim mesmo, e não tento pensar com leveza nessas coisas. Em dado momento [do ano], quase não dava para controlar o carro. Não tinha como tirar mais do carro”, garantiu.
Verstappen ainda reforçou uma vez mais aquilo que vários membros da Red Bull já disseram: que a detecção dos problemas mais graves veio no GP da Itália, em Monza. Foi aí que a equipe mudou o rumo do desenvolvimento. E ainda puxou para si o diagnóstico.
“Todos os planos para atualizações que chegariam depois dessa corrida podiam ser jogados na lata do lixo. A equipe começou do zero depois disso. Antes, não conseguiam encontrar o problema exato. Vi uns gráficos quando estávamos avaliando os dados e encontrei certas alterações aerodinâmicas na maneira que entrávamos nas curvas, virávamos no meio das curvas e também nas variações de nível em cada uma”, contou.
“Era diferente do carro do ano passado. Disse ‘ei, está muito claro que é esse o problema, não?’. E estava certo, como falaram mais tarde. Ainda não tinha visto aqueles gráficos. Depois eu disse que tinha ficado claro onde tínhamos de trabalhar, porque os engenheiros entendiam exatamente o que mudou do ano passado para cá”, falou.
“No começo da temporada passada, ainda vencíamos corridas de maneira convincente, mas sentia, mesmo àquela altura, que o equilíbrio do carro não estava do jeito que eu queria. Mas nossa diferença ainda era grande para as outras equipes, que talvez não tenham tido uma intertemporada tão boa”, recordou.
Com o ano encerrado, a Fórmula 1 retorna apenas para os testes de pré-temporada, agendados para acontecer no Bahrein entre os dias 26 e 28 de fevereiro.
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