Verstappen reclama de censura da FIA a pilotos da Fórmula 1: “Desnecessária”
No evento de lançamento do RB19, bicampeão mundial falou após entidade impor medida que proíbe pilotos e equipes de se manifestarem politicamente sem autorização e afirmou que tal resolução "assegura que as pessoas não possam se manifestar mais"
Zak Brown, Nico Hülkenberg, Valtteri Bottas, Helmut Marko e Sebastian Vettel, recentemente, falaram sobre a medida de dezembro passado da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) — só para citar alguns exemplos. Agora, chegou a vez de Max Verstappen adicionar mais uma voz ao debate. O órgão regulador baniu manifestações políticas e religiosas sem aprovação prévia a partir de 2023.
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Com a atualização no artigo 12.2.1 do Código Esportivo Internacional, todas as competições homologadas pela entidade vão precisar obedecer a tal medida — caso contrário, punições estão previstas.
Durante o evento de lançamento do RB19, carro da Red Bull para a temporada de 2023 da Fórmula 1, Verstappen foi perguntado sobre a determinação da FIA e expressou preocupação com a iniciativa de censura.
“Acho que, pessoalmente, todas as pessoas são diferentes. Alguns gostam de falar mais do que os outros. Normalmente, não falo muito porque, primeiramente, é difícil — como piloto — estar plenamente a par de tudo”, justificou a Sky Sports.
“Mas não acho que isso (medida da FIA) é necessário, porque, de uma maneira, você está se assegurando de que as pessoas não possam se manifestar mais, o que acho que deve ser permitido”, seguiu Verstappen. “E claro, como eu falei, alguns vão falar mais, outros menos, mas (censura) foi desnecessária, sim”, concluiu o bicampeão.
Chefe de equipe da Red Bull, Christian Horner endossou o discurso do holandês. Vale lembrar que, mediante a repercussão, a FIA reiterou a proposta de censura e condenou o uso da F1 como “plataforma de agenda pessoal”.
“Certamente, nós na Red Bull nunca tiramos a liberdade de expressão dos nossos pilotos — ou a capacidade deles falarem o que vem à mente, porque eles têm voz (no esporte)”, apontou Horner.
“Acho que é uma questão de achar um equilíbrio. No mundo em que vivemos hoje, todos têm uma voz e isso não deveria ser suprimido. Mas, claro, tem de ser feito com responsabilidade”, disse o chefe taurino. “Não queremos um monte de robôs sem opinião, que só correm. Como todas as coisas, precisa ser um equilíbrio sensível”, concluiu, por fim.
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