Verstappen reclama sobre falar de “política” e diz que “F1 é que tem de agir”

Max Verstappen reclamou das constantes cobranças por posicionamento que tem recebido, principalmente depois dos inúmeros casos de assédio nas arquibancadas do GP da Áustria — em boa parte praticados pelos que se dizem seus torcedores

Os inúmeros casos de assédio nas arquibancadas do GP da Áustria ainda repercutem na Fórmula 1, e, inevitavelmente, o foco acaba se voltando para Max Verstappen, já que tais atitudes partiram sobretudo dos que se dizem ser seus torcedores. Mas o piloto da Red Bull admitiu que não está nada satisfeito com as cobranças que tem recebido por posicionamento, criticando a “política” que tomou conta do paddock da categoria.

Na França, onde a F1 realiza a 12ª etapa do calendário 2022, Verstappen foi questionamento mais uma vez pela imprensa se considerava usar as redes sociais para falar sobre o tema com os fãs. E o holandês foi direto: “Não acho necessariamente que somente eu tenha de falar. Foi o que fiz na coletiva de imprensa, pois acho que isso tem muito mais tração do que qualquer outra coisa.”

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Fãs, principalmente mulheres, relataram muitos casos de assédio no Red Bull Ring durante o GP da Áustria de Fórmula 1 (Foto: Red Bull Content Pool)

“Se eu realmente tiver de falar sobre tudo no mundo, estarei o tempo todo nas redes sociais. Há lugar e hora para isso”, continuou o #1, admitindo, inclusive, que está cansado de só falar de política nas entrevistas recentes.

“Percebo que já faz um ano que a única coisa sobre a qual falo é política. Enquanto que, no final das contas, sou um piloto de Fórmula 1. Claro que quando sou questionado, falo o penso da situação, mas não deveria haver esse tipo de movimento político por trás”, argumentou.

Assim que tomou conhecimento dos casos de assédio, a F1 emitiu uma nota de repúdio, dizendo que tal atitude não seria tolerada. Lewis Hamilton, por exemplo, cobrou ações mais contundentes da parte da categoria, enquanto Sebastian Vettel disse que tais elementos deveriam ser banidos para sempre dos autódromos. No entanto, ainda não houve nenhuma ação nem da parte da categoria, e muito menos da FIA.

Verstappen endossou o coro dos colegas sobre a responsabilidade do esporte para coibir não só casos de assédio, como racismo e homofobia — que também foram relatados no Red Bull Ring. “No final das contas, sou piloto nesse esporte. As pessoas podem até ser minhas fãs, mas também são fãs do esporte. Alguns se comportam mal. O esporte tem de agir, não o piloto que tem de agir”, finalizou.

No fim de semana na Áustria, várias torcedoras usaram as redes sociais para compartilhar casos de assédio sofridos nas arquibancadas. Um dos casos que mais chamaram a atenção foi da torcedora de Lewis Hamilton, que teve o vestido levantado por um grupo de homens e ouviu que fãs do inglês não mereciam respeito.

Verstappen já havia se manifestado sobre o caso. Na ocasião, ele disse que era o tipo de coisa “que não deveria acontecer”. “Li algumas coisas chocantes, então claramente não está OK. Eu nem deveria ter de dizer isso, acho que deveria ser de entendimento geral que essas coisas não devem acontecer. Um ser humano normal deveria pensar normalmente e se comportar assim.”

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