Verstappen vence no Canadá e empata com Senna na F1. Alonso e Hamilton vão ao pódio
Max Verstappen venceu pela 41ª vez na F1 e empatou com Ayrton Senna na história da categoria. O GP do Canadá ainda teve as lendas Fernando Alonso e Lewis Hamilton no pódio. Também foi o triunfo de número 100 da Red Bull na categoria
Max Verstappen venceu com extremo controle o GP do Canadá. Neste domingo (18), o holandês dominou e triunfou também na pista seca, depois da atuação avassaladora na classificação molhada de Montreal. Foi a 41ª vitória da carreira de Max, que empata com Ayrton Senna na lista de triunfos na história da categoria. Também foi o 100º primeiro lugar da Red Bull na F1, a quinta equipe de maior sucesso no campeonato em todos os tempos.
O pódio canadense foi absolutamente estelar. Além de Verstappen, também saem de Montreal com troféus as lendas Fernando Alonso, com problemas nos freios e tudo, e Lewis Hamilton, que saem bem vivos na briga pelo vice-campeonato.
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A Ferrari, milagrosamente, acertou na veia a estratégia e salvou os finais de semanas de seus dois pilotos. Charles Leclerc chegou em quarto, com Carlos Sainz, próximo do monegasco a corrida toda, em quinto. Sergio Pérez não fez praticamente nada, mas foi parar em sexto na tática e nas interrupções da prova. O mexicano ainda teve a volta mais rápida do dia.
Alex Albon, em fim de semana estelar, colocou a Williams na sétima colocação, seguido por Esteban Ocon, coletando mais alguns pontinhos. Lando Norris, punido, ficou em 13º, atrás de Lance Stroll – que passou Valtteri Bottas na linha de chegada -, Oscar Piastri e Pierre Gasly.
O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades da Fórmula 1 2023 AO VIVO e EM TEMPO REAL. A próxima etapa está marcada para acontecer entre 30 de junho e 2 de julho, com o GP da Áustria. No sábado e no domingo, há também a segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte.
Confira como foi o GP do Canadá:
A largada aconteceu com pista seca e às 15h01 (em Brasília), sem perspectiva de chuva. Os 11 primeiros de pneus médios, alguns de médios e apenas Gasly com os macios.
Verstappen saiu firme, mantendo a ponta sem muitos sustos. Logo atrás, Hamilton saiu com bastante ação e deixou Alonso para trás, com Russell também quase passando o espanhol. Ocon ultrapassou Hülkenberg, Piastri deixou Norris para trás, com Leclerc e Albon fechando o top-10.
Mais para o fundo do grid, Sainz e Pérez quase se encontravam e, depois, o mexicano jogava Magnussen para fora da pista, fazendo o piloto da Haas despencar para trás de Gasly e Stroll.
Um trilho enorme de DRS se formava atrás de um Hülkenberg, mais uma vez, muito lento de corrida com a Haas. Não demorou para Piastri passar o alemão e, quando Noris chegava também, o safety-car virtual surgia, com Logan Sargeant tendo uma pane total e parando na pista com a Williams.
Os macios de Gasly acabavam na volta 11 e o francês parava logo depois de Tsunoda, que tinha aproveitado o safety-car virtual de Sargeant. Pierre voltava em 19º, ou seja, último. Hülk, Stroll e De Vries iam aos boxes logo depois.
Foi quando Russell montou na zebra e deu uma bela porrada no muro. Safety-car e o inglês, milagrosamente, voltando para a pista depois de ir aos boxes. Com todo mundo nos boxes, Alonso e Hamilton quase se bateram ali, com o espanhol reclamando muito de saída insegura da Mercedes.
Veio a relargada na volta 17, com Verstappen saindo bem de novo e Hamilton segurando a ofensiva de Alonso. Aí vinham Leclerc e Sainz, os dois de pneus médios, Pérez, Magnussen e Bottas de duros, todos ainda sem paradas.
Ocon era nono, com Norris em décimo brigando bastante com Piastri. Lá atrás, Gasly e Russell eram os dois lanternas da prova. Todos de pneus duros, exceto a Ferrari.
Quase o pelotão todo e enfiava em um trilho em que geral tinha DRS aberto, o que dificultava muito qualquer ultrapassagem. Ainda assim, Magnussen despencava e, principalmente, Alonso mergulhava e passava Hamilton sem muita dificuldade na entrada da reta principal.
Verstappen comandava com 3s8 para Alonso com 28 voltas completadas. Hamilton já levava 2s do espanhol e tinha 2s7 para Leclerc, que já não era mais apertado por Sainz. A Ferrari, aliás, avisou no rádio: não queria disputa entre os dois. E Stroll parava pela segunda vez para tomar a lanterna de Russell…
A tática estranha de Stroll começava a ser repetida por outros nomes como Hülkenberg, Gasly e Zhou, que também iam aos boxes de novo. Russell virava 15º. Lá na frente, 5s3 separavam Verstappen de Alonso.
Aí veio o incidente mais bizarro dos últimos tempos: Magnussen tentava passar De Vries, que jogava firme em cima do dinamarquês. No toque, Russell superava ambos. Mas tinha mais, viu? O holandês fritou tudo e bloqueou a curva do piloto da Haas, com os dois indo parar na área de escape, estacionados.
Com boa parte do pelotão parando pela segunda vez, o milagre estava consolidado: a Ferrari tinha feito uma ótima estratégia. Tanto que Leclerc e Sainz foram aos boxes e voltaram ainda em quarto e quinto. Hamilton, para não tomar o bote da dupla, foi para o pit e voltou de médios, 6s na frente do duo italiano, que estava de duros. Norris levava 5s por “atitude antidesportiva”, após andar muito lento em safety-car.
Acompanhando o resto, com todo mundo evitando sustos, Alonso parou para pneus duros e Verstappen fez o mesmo no giro seguinte, o 43, de médios. 5s5 separavam os dois líderes, ainda uma folguinha boa para o atual bicampeão.
Pérez e depois Hamilton tomavam a melhor volta da corrida, mas as primeiras posições pareciam muito perto de definições: Verstappen, Alonso, Hamilton, Leclerc, Sainz, Pérez, Albon, Russell, Ocon e Bottas no top-10. Gasly passava Hülk e ia para 14º.
Enquanto Lewis ia empilhando voltas mais rápidas e tentava um milagre para beliscar Alonso, o pessoal chegava em Albon. Sem pneu, o tailandês formava trilho atrás dele com Russell, Ocon, Bottas e Norris. Stroll não estava muito longe. Aliás, diga-se, Russell naquela posição era incrível, depois da porrada que deu no muro.
Bom, Russell abandonou logo depois do parágrafo acima ter sido escrito. Um problema no freio do inglês e fim da linha para ele, deixando a corrida com 18 carros. Com 15 voltas para o fim, 7s5 separavam Verstappen de Alonso e 2s2 entre Fernando e Hamilton. Leclerc tomava 4s8 do heptacampeão.
Quando Lewis ensaiava uma pressão em cima de Alonso, que sofria com problemas nos freios, o espanhol respondia rapidamente e acalmava um pouco mais a situação. Norris, punido, sabia que precisava arriscar, passando Bottas na marra. O inglês tinha 5s no tempo final, precisava tentar algo diferente.
No fim, Norris tentou de todos os jeitos tirar Ocon da frente, mas não conseguiu e ainda caiu lá para 13º com a punição. Verstappen marchou tranquilo para buscar Senna na história, com Alonso sobrevivendo aos problemas, Hamilton, Leclerc, Sainz, Pérez, Albon, Ocon, Stroll e Bottas nos pontos. Lance ainda passou Valtteri na bandeirada, bela manobra.
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F1 2023, Canadá, Montreal, Oitava Etapa, Resultado Final:
1 | M VERSTAPPEN | Red Bull RBPT | 70 voltas |
2 | F ALONSO | Aston Martin Mercedes | + 9.570 |
3 | L HAMILTON | Mercedes | + 14.168 |
4 | C LECLERC | Ferrari | + 18.648 |
5 | C SAINZ | Ferrari | + 21.540 |
6 | S PÉREZ | Red Bull RBPT | + 51.028 |
7 | A ALBON | Williams Mercedes | + 1:00.813 |
8 | E OCON | Alpine Renault | + 1:01.692 |
9 | L STROLL | Aston Martin Mercedes | + 1:04.402 |
10 | V BOTTAS | Alfa Romeo Ferrari | + 1:04.432 |
11 | O PIASTRI | McLaren Mercedes | + 1:05.101 |
12 | P GASLY | Alpine Renault | + 1:05.249 |
13 | L NORRIS | McLaren Mercedes | + 1:08.363 |
14 | Y TSUNODA | AlphaTauri RBPT | + 1:13.423 |
15 | N HÜLKENBERG | Haas Ferrari | + 1 volta |
16 | G ZHOU | Alfa Romeo Ferrari | + 1 volta |
17 | K MAGNUSSEN | Haas Ferrari | + 1 volta |
18 | N DE VRIES | AlphaTauri RBPT | + 1 volta |
19 | G RUSSELL | Mercedes | NC |
20 | L SARGEANT | Williams Mercedes | NC |