McLaren se espelha em Vettel 2013 e mantém fé em título de Norris: “Temos de acreditar”

Chefe da McLaren, Andrea Stella citou a temporada 2013, que marcou o tetracampeonato de Sebastian Vettel, para afirmar que é, sim, possível Lando Norris vencer todas as nove corridas que restam em 2024

Com mais nove corridas pela frente até o fim da temporada 2024 da Fórmula 1, a McLaren sabe que os títulos no Mundial de Construtores e no de Pilotos estão totalmente abertos. A situação de Lando Norris, no entanto, exige performance beirando a perfeição até o final do ano, mas Andrea Stella afirmou que o primeiro passo é acreditar — até porque, a F1 viu o mesmo acontecer em 2013, com Sebastian Vettel.

A temporada citada pelo chefe da McLaren marcou o tetracampeonato de Vettel e fechou a primeira era de ouro da Red Bull na principal categoria de monopostos do mundo. Foram, ao todo, 19 etapas, porém as primeiras dez corridas trouxeram certo equilíbrio, com o alemão vencendo quatro corridas, enquanto Fernando Alonso e Nico Rosberg venceram duas cada, e Lewis Hamilton e Kimi Räikkönen, uma.

O cenário mudou completamente da Bélgica em diante. Vettel emendou uma sequência arrebatadora de nove vitórias, sacramentando o quarto título na F1 na Índia, faltando ainda mais duas provas até o fim. Foi em 2013 também que Vettel igualou o recorde de Michael Schumacher de 13 triunfos num mesmo ano, marca que só seria batida por Verstappen em 2013.

Para Norris bater Max e chegar ao primeiro título na F1, a performance precisa se repetir. Basta uma vitória do piloto da Red Bull até Abu Dhabi para Lando não depender mais de si.

Sebastian Vettel comemorou o tetra, em 2013, na Índia (Foto: Red Bull Content Pool)

Após o GP dos Países Baixos, realizado no último domingo (25), Stella falou à imprensa sobre a atual situação do time de Woking. “Acho que, no Mundial de Construtores, a disputava estava aberta antes desta corrida.”

“No de Pilotos, definitivamente queríamos manter nosso pensamento e foco no fato de que era possível. Até conversamos e olhamos para o que Vettel fez em 2013 e dissemos: ‘Podemos fazer o mesmo. Por que não?’ Temos de manter o foco. Temos de pensar que é possível”, salientou.

Em Zandvoort, apesar do vacilo na largada, Norris foi tão superior ao volante do MCL38 que cruzou a linha de chegada 22s à frente de Verstappen, algo impensável no início da competição. “Foi muito encorajador do ponto de vista do desempenho”, continuou o chefe.

“Ao mesmo tempo, foi em uma pista que parece ser bastante adequada ao nosso carro, como na Hungria. Depois da Hungria, muitos disseram ‘Ah, vão ser primeiro e segundo em todas as corridas’, mas não é assim. Depende muito da pista, no momento”, seguiu.

“Mas [a performance nos Países Baixos] foi, sem dúvida, além das expectativas em termos de desempenho de classificação, de corrida e, em certo instante, até de desgaste de pneus, a ponto de Lando marcar a volta mais rápida na última volta”, finalizou Stella.

Verstappen tem 295 pontos contra 225 de Norris, 70 de diferença. Restam 258 em jogo até Abu Dhabi. No de Construtores, a Red Bull ainda lidera, com 434, mas a vantagem para a McLaren é de apenas 30 pontos.

Fórmula 1 volta neste fim de semana, entre os dias 30 de agosto a 1º de setembro, com o GP da Itália, direto de Monza.

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