Mercedes admite desespero antes do GP da Inglaterra e não descarta “novos ajustes”

A Mercedes saiu de Silverstone, no último fim de semana, com uma vitória importante na briga que trava com a Red Bull em 2021. O GP da Inglaterra foi marcado pelo toque entre Max Verstappen e Lewis Hamilton ainda na primeira volta. Os dois disputavam a liderança na Copse, quando a roda dianteira esquerda de Hamilton tocou na roda traseira direita de Verstappen. O holandês rodou e acabou batendo com força no muro de proteção, abandonando em seguida. O inglês foi considerado culpado pelo acidente e sofreu uma punição de 10s. Mesmo assim, o heptacampeão foi capaz de se recuperar e vencer em casa. Foi o oitavo triunfo de Lewis no traçado britânico. A conquista foi muito comemorada, principalmente depois de uma sequência de cinco triunfos seguidos dos energéticos na temporada.

Ainda, foi a primeira vitória de Hamilton desde o GP da Espanha, em maio. O êxito também veio em cima das atualizações que a equipe promoveu no W12, que envolveram o assoalho e a área dos bargeboards. E o engenheiro de pista da esquadra da estrela, Andrew Shovlin, reconheceu que a expectativa por uma boa atuação era grande, especialmente porque Silverstone é uma pista em que a Mercedes, historicamente, sempre se deu bem. “A maior questão para nós que é levamos um pacote de atualizações para um circuito que tradicionalmente sempre se adaptou ao nosso carro muito bem, uma pista em que Lewis vai bem também, e seria um pouco assustador se não conseguíssemos um bom desempenho”, explicou.

“Se isso acontecesse, teríamos de dar uma boa olhada para dentro nós. Então, tirando a situação do Mundial e os pontos que estavam em jogo, e a necessidade que tínhamos de garantir que essa diferença não aumentasse mais, estávamos absolutamente desesperados para ver o carro ter um bom desempenho, a equipe ter uma boa performance, por isso é extremamente reconfortante ter sido capaz de demonstrar que ainda estamos na luta pelo campeonato”, admitiu Shovlin.

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A vitória também serviu para cortar boa parte da diferença construída pela Red Bull na rodada tripla, entre França e as duas corridas na Áustria. Agora, Hamilton está a oito pontos do líder Verstappen no Mundial de Pilotos, enquanto Red Bull e Mercedes estão separadas por somente quatro tentos no campeonato dos construtores. E embora tenha dito que a esquadra heptacampeã não tenha intenção de aprofundar as atualizações, o diretor-técnico James Allison admitiu que ajustes no W12 ainda são possíveis para o restante da temporada.

“Voltamos para casa do fim de semana muito animados com as atualizações”, disse Allison. “Há mais algum por vir? Pode haver aqui e ali, mas no vasto tipo de esforço industrial principal de nosso programa de desenvolvimento esse foi o último grande pacote que traremos este ano”, explicou.

“Mas teremos alguns ajustes aqui e ali e trazer algum desempenho sem nos distrair do grande trabalho que está acontecendo agora no carro do próximo ano”, concluiu o engenheiro.

A próxima etapa da Fórmula 1 acontece neste fim de semana, com o GP da Hungria, no circuito travado de Hungaroring.

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