Mercedes vê alta velocidade como “ponto fraco” e busca “algum progresso” na Austrália

O início da temporada 2024 da Fórmula 1 não aconteceu da maneira que a Mercedes esperava. A equipe de Lewis Hamilton e George Russell sabia que seria difícil igualar o ritmo da Red Bull neste início de ano, mas esperava pular na frente de Ferrari e McLaren e se tornar a segunda força do grid, o que não aconteceu. Chefe do time de Brackley, Toto Wolff reconheceu que o W15 ainda sofre com velocidade de reta, mas que mudanças estão sendo feitas para buscar melhorias já no GP da Austrália, no próximo fim de semana.

Nas duas primeiras etapas do certame, no Bahrein e na Arábia Saudita, a Mercedes teve de ver Max Verstappen, Sergio Pérez, Carlos Sainz e Charles Leclerc subirem no pódio, enquanto que Russell e Hamilton não chegaram nem perto de alcançar o top-3. Em Jedá, o dono do #63 teve dificuldades para derrotar Fernando Alonso, da Aston Martin, e terminou em sexto, enquanto que o heptacampeão cruzou a linha de chegada apenas na nona posição.

Apesar dos problemas claros no bólido, Wolff sabe onde a escuderia precisa melhorar. “Parecemos competitivos em curvas de baixa e média velocidade, mas a alta velocidade tem sido o ponto fraco até agora”, disse o dirigente.

“Temos trabalhado muito para entender por que nosso desempenho não refletiu nossas expectativas. Melhorar isso é o foco principal”, acrescentou Toto.

Nesta semana, a categoria principal do automobilismo desembarca em Melbourne para a terceira etapa do Mundial. Em um circuito onde os pilotos podem ultrapassar os 320 km/h, a Mercedes vai precisar extrair o máximo do carro se quiser ser capaz de brigar contra as principais rivais.

“Esperamos fazer algum progresso em Melbourne, e esse trabalho guiará nosso desenvolvimento nas próximas semanas”, explicou Wolff. “É ótimo sentir a energia e a determinação que percorrem as fábricas enquanto trabalhamos para desbloquear o potencial do carro”, destacou.

Em retrospectiva, o mandatário admitiu que era possível alcançar resultados melhores nas provas anteriores, mas que a equipe ainda busca entender o que está causando a diferença de desempenho entre o treino classificatório e a corrida no dia seguinte.

“Começamos cada fim de semana com força, executando nossos programas de treinos habituais, mas não conseguimos cumprir a promessa inicial. Com o pelotão tão próximo, maximizar o potencial do carro a cada fim de semana é fundamental”, alertou o chefe da Mercedes, que espera dar a volta por cima já no próximo domingo: “Albert Park nos dá outra chance de mostrar o que podemos fazer. É um grande circuito em uma grande cidade, com uma base de fãs apaixonada. Estamos ansiosos para voltar.”

A Fórmula 1 volta neste fim de semana, entre os dias 21 e 24 de março, com o GP da Austrália, terceira etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do fim de semana.

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