Mercedes vê “números bons” e defende popularidade da F1 em domínio de Verstappen
Toto Wolff, chefe da Mercedes, reconheceu que períodos de domínio podem atrapalhar a popularidade do esporte, mas acredita que isso não aconteceu na F1 2023
A temporada 2023 da Fórmula 1 foi uma das mais previsíveis da história do esporte, mas Toto Wolff, chefe da Mercedes, não acredita que isso tenha prejudicado a popularidade da categoria. De acordo com o dirigente austríaco, ainda que Max Verstappen tenha vencido 19 das 22 etapas do ano, o público não perdeu o interesse pelas corridas e continuou consumindo o conteúdo de forma considerável, inclusive nas redes sociais.
Com a trapalhada das demais equipes do grid que não conseguiram interpretar o regulamento que explora o efeito-solo, a Red Bull sobrou na F1 em 2023 e venceu 21 das 22 corridas do ano, perdendo apenas uma vez para a Ferrari de Carlos Sainz, no GP de Singapura.
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Isso, somado aos problemas de desempenho de Sergio Pérez, resultaram em um campeonato totalmente previsível e praticamente sem emoção. O chefe da Mercedes, no entanto, fechou os olhos para isso e reiterou que o domínio de Verstappen não impactou de forma considerável a audiência — ainda que a própria F1 tenha dito o contrário.
“Os números são bons. Estamos crescendo nas redes sociais e as corridas estão sempre lotadas e com ingressos esgotados. Na verdade, tudo gira em torno do espetáculo, se ele não for bom, os fãs vão nos acompanhar menos. O espetáculo acompanha o esporte, e o esporte é uma meritocracia. Quem fizer o melhor trabalho, vence”, disse Wolff.

“Se alguém está fazendo um trabalho muito melhor do que todos os outros, então está vencendo 19 corridas, e você não pode impedir isso. Na verdade, somos nós, a Ferrari e todas as outras equipes que temos de fazer um trabalho melhor para competir com a Red Bull”, reconheceu o austríaco.
Mas Toto também reconheceu que a situação pode ficar ruim para a F1, e citou o período de domínio da Mercedes. Na época, o esporte também ficou um tanto monótono, principalmente em 2019 e 2020, quando Lewis Hamilton não teve adversários na briga pelo título.
“É claro que existe o risco de que, com uma certa demora [para alcançar a Red Bull], as pessoas digam: ‘Bem, eu sei o resultado de qualquer maneira’, como aconteceu conosco com Lewis [Hamilton] por muitos anos. Mas precisamos apenas fazer um trabalho melhor. E não quero esperar até 2026”, finalizou o chefe da Mercedes.
Embora não tenha vencido em 2023, o time alemão superou a Ferrari por três pontos e terminou o Mundial de Construtores na segunda posição com 409 pontos e oito pódios.
A Fórmula 1 retorna às pistas em fevereiro de 2024, dos dias 21 a 23, no Bahrein, para os testes coletivos da pré-temporada.
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