Foi ainda
em 2017 que Lewis Hamilton se viu fora de uma sessão por um erro como o desta sexta-feira (7), em Montreal. Lá trás, o inglês perdeu o carro na subida do Laranjinha, em Interlagos, e acertou a barreira de proteção, ficando fora da classificação. Hoje, o pentacampeão vinha em um stint com os pneus médios quando cometeu um erro entre as curvas 8 e 9 e bateu o Mercedes #44, danificando o pneu traseiro direito. O incidente aconteceu ainda na primeira parte do segundo treino livre e comprometeu todo o trabalho do piloto e da equipe. Hamilton não teve como retornar à pista e ficou impedido, portanto, de conduzir as simulações de classificação e corrida.
Lewis já havia liderado o TL1 e surgia na liderança à tarde, confirmando o favoritismo no Gilles Villeneuve. Mas o revés agora pode até custar caro. Mas nem tudo é o que parece com a pentacampeã prateada na
Fórmula 1.
Como dito,
Hamilton não pode avaliar o desempenho do W10 em condições de voltas rápidas e prova, então o TL3 deste sábado será mais agitado do que o de costume. A Mercedes precisou mudar toda a parte traseira do carro depois da pancada. E isso envolveu da caixa de câmbio à suspensão. Certamente, levanta alguma dúvida sobre o impacto dessa mudança do ponto de vista do acerto e do comportamento dos pneus. Mas tendo a performance de Valtteri Bottas como referência, a situação parece bem menos dramática. O favoritismo segue lá, pois.
Lewis Hamilton acertou o muro no segundo treino livre no Canadá (Foto: Reprodução)
Com certeza, o incidente é uma preocupação, assim como a falha no sistema de combustível do motor de Bottas, bem no fim de semana em que a esquadra traz uma grande atualização da unidade de potência. Só que, de novo, o favoritismo continua. Isso porque a simulação de corrida mostrou uma Mercedes ainda melhor que a concorrência.
Valtteri andou com pneus vermelhos – os C5/macios – e os brancos – C3/brancos. A Pirelli ainda levou os C4/médios, mas a equipe prata não os usou em ritmo de corrida com o #77. Foi neste cenário que Bottas conseguiu manter um desempenho na casa de 1min15s8 com os vermelhos. Já com os brancos – menos velozes, mas mais duráveis -, a performance foi ainda melhor: 1min16s2. Foram 18 voltas bem consistentes, o que apenas comprova a força da Mercedes nesta pista, que se apresentou suja e muito quente.
A Ferrari, por outro lado, teve mais a se preocupar. Apesar da ponta à tarde e de ter colocado os dois carros à frente da Mercedes em ritmo de classificação, a esquadra italiana seguiu tendo dificuldade com os compostos. Tanto Charles Leclerc quanto Sebastian Vettel reclamaram de superaquecimento e desgaste excessivo em simulação de corrida.
Charles Leclerc (Foto: AFP)
Nem Leclerc e nem Vettel usaram os pneus duros. O monegasco foi para a simulação com os compostos amarelos/médios e andou em 1min17s6 em média. Já Vettel preferiu testar os vermelhos/C4. Com eles, andou em 1min19s1 – desempenho bem acima dos rivais. Ou seja, se há uma chance, ela está em classificação, usando tudo que tem: da mudança quanto à carga aerodinâmica a alterações feitas na altura entre a parte dianteira e traseira da SF90, bem como os novos elementos do motor.
Ao fim ao cabo, a sexta-feira com a Ferrari melhor é irreal.
A Red Bull também enfrentou seus fantasmas. E os dois pilotos sequer ficaram dentro do top-10, com o adicional da batida de Max Verstappen e que limando qualquer chance de simulação de classificação. De toda a forma, a equipe destoa das primeiras colocadas. E a grande surpresa do dia acabou sendo a McLaren, que colocou Carlos Sainz em quarto lugar, ajudada por diversos elementos novos.
Como de costume, parece que o pelotão intermediário terá um novo revezamento na liderança.
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