Mesmo sem carro capaz de vencer na F1, Ricciardo brilha e faz temporada tão boa quanto Vettel e Hamilton

Piloto que raramente erra, Daniel Ricciardo alia competência e velocidade para se firmar cada vez mais como um dos melhores do Mundial, seguramente no mesmo nível de Sebastian Vettel e Lewis Hamilton neste ano. O fato de não contar com um carro capaz de vencer em condições normais faz com que o grande trabalho feito pelo australiano apareça ainda mais, a ponto de estar à frente da Ferrari do opaco Kimi Räikkönen na pontuação do Mundial de Pilotos

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“Um dia quase perfeito”. Foi assim que Daniel Ricciardo definiu sua jornada no último domingo (3) em Monza. Lewis Hamilton foi soberano e não teve dificuldades para vencer o GP da Itália, mas foi o australiano quem brilhou, a ponto de ter sido eleito pelos fãs da F1 como o ‘Piloto do Dia’. Merecido, afinal. Sua performance foi incrível: largou em 16º — foi punido com a ridícula perda de 25 posições no grid após obter o terceiro lugar na caótica classificação — e foi escalando o pelotão com propriedade para terminar em quarto, ficando muito perto de um pódio improvável. Ricciardo não tomou conhecimento do opaco Kimi Räikkönen e, se a prova tivesse mais duas ou três voltas, certaria passaria Sebastian Vettel para terminar em terceiro. Uma enorme corrida do maior sorriso da F1.

 
A forma desempenhada por Ricciardo em Monza é, na verdade, um reflexo do seu trabalho durante a temporada até o momento. Rápido, preciso, inteligente, Daniel faz um campeonato livre de grandes erros. Seu maior problema tem sido a diferença de performance que separa a Red Bull das ponteiras Mercedes e Ferrari. Mas ainda assim, o oceânico vem conseguindo se destacar e ser melhor e mais consistente, por exemplo, que Räikkönen, a ponto de figurar à frente do ‘Homem de Gelo’ na classificação do campeonato. E levar o mundo da F1 a se questionar por que foi o finlandês e não ele o escolhido para ocupar o segundo carro em Maranello.
 
Obviamente, Ricciardo sonha há tempos com o título mundial. E é por tal razão que uma ida para a Ferrari, sonho de nove entre dez pilotos da F1, não é a meta do australiano. Não enquanto Vettel estiver na equipe e contar com o status de #1
Mesmo sem carro para vencer em condiçõs normais, Ricciardo só tem motivos para sorrir em 2017 (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)
“Se você está em processo de negociação com a equipe, então acho que essa é a primeira coisa que você precisa falar. Equipamentos iguais e sem essa de ser segundo piloto. Se a equipe falar: ‘Olha, a gente assina com você, mas você terá de ser a dama de honra desse cara aqui’. Então é 100% certo que não vou assinar. Com certeza, Seb está muito feliz com seu companheiro de equipe. E isso é muito claro”, disparou Daniel à Sky Sports. Talvez por isso, já em fim de carreira, Räikkönen tenha aceitado de bom grado a oferta de renovação de contrato.
 
Uma coisa é certa: potencial para ser campeão, Ricciardo tem de sobra. E isso já foi mostrado pelo piloto desde seu primeiro ano correndo por uma equipe de ponta. Em 2014, quando a Red Bull já tinha perdido sua condição de dominante para a Mercedes. Mesmo assim, ainda havia certa competitividade. A ponto de o australiano vencer suas três primeiras corridas naquele ano (Canadá, Hungria e Bélgica) e alcançar um feito até então inédito: superar Vettel na classificação do Mundial. No fim daquela temporada, Seb encerrou seu ciclo na Red Bull e substituiu Fernando Alonso na Ferrari.
A vitória no inacreditável GP do Azerbaijão: ponto alto de um grande ano até agora para Ricciardo (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)
Pode-se lembrar que Ricciardo foi mal em 2015, a ponto de ter sido batido por Daniil Kvyat, hoje vivendo péssimo momento na Toro Rosso, mas não dá para esquecer que a Red Bull também vivia má fase e passava por grande crise com a falta de confiabilidade e potência do motor Renault, algo parecido com o que acontece hoje na McLaren. Assim, aquela temporada foi bem fora da curva para Ricciardo. Mas a normalidade foi restabelecida no ano passado com outro bom desempenho e o posto de ‘melhor do resto’, ficando só atrás de Nico Rosberg e Hamilton ao fim do campeonato.
 
Em teoria, a grande evolução da Ferrari em termos de performance poderia eclipsar a Red Bull, relegada ao posto de terceira força do grid. No entanto, mesmo sem ter um carro vencedor em condições normais, Ricciardo tira leite de pedra: já foram seis pódios conquistados em 13 provas, sendo um deles a incrível vitória no GP do Azerbaijão, e apenas três abandonos, nenhum deles resultante de erro próprio. Além do baita trabalho, o piloto também vive momento oposto ao do badalado Verstappen, que enfrenta enorme maré de azar.
 
A consistência apresentada ao longo da temporada, impulsionada pelos cinco pódios consecutivos (Espanha, Mônaco, Canadá, Azerbaijão e Áustria), ao mesmo tempo em que Räikkönen faz um ano irregular mesmo contando com um carro muito melhor que a Red Bull, indica que, com as condições que tem às mãos, Ricciardo faz um ano tão bom quanto os dois protagonistas da temporada, Vettel e Hamilton. Se tivesse um carro suficientemente forte para estar lutar por vitórias, certamente Daniel também estaria ali na briga pelo título.
Ricciardo brilhou em Monza e não tomou conhecimento de Räikkönen (Foto: Reprodução)
“Estou adorando estar nos pódios porque sabemos que não temos carro para estar lá [no topo]. Vejo Seb e Lewis lá o tempo todo e, obviamente, quero ser esse cara. Então há uma certa frustração. Eu vejo Seb ou Lewis e penso: ‘Se eu tivesse o carro dele…’. Reconheço que eles estão no topo, mas acho que também posso estar lá”, afirmou o dono do carro #3 em entrevista veiculada pelo jornal árabe ‘Gulf News’.
 

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Com contrato firmado com a Red Bull até o fim do ano que vem, Ricciardo não perde de vista seu grande objetivo: chegar ao título mundial. Sobre uma mudança de equipe, não é algo que faz parte dos planos, por enquanto. “Passei da fase de ficar desmotivado, posso ver um horizonte maior. Tudo o que você pode aprender é a chance para se tornar mais forte. No dia em que tiver um carro capaz de lutar pelo título, vou chegar lá”, assegurou Daniel, com a confiança de um futuro campeão do mundo.

 
As metas do boa-praça Ricciardo são claras: seguir deixando sua marca continuar brilhando até que chegue o momento de finalmente contar com um carro vencedor na F1. E sorrir sempre.
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