Ben Sulayem destaca importância da FIA na F1 e cutuca Liberty Media: “Estão lá pelo lucro”
Mohammed Ben Sulayem, todo poderoso da FIA, voltou a entrar em choque com o mundo da Fórmula 1. Ao destacar o papel da entidade reguladora no esporte, aproveitou para alfinetar o Liberty Media, que comanda a Fórmula 1
Nos últimos meses, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) entrou em choque com a Fórmula 1 em diversas ocasiões, especialmente com o presidente Mohammed Ben Sulayem. De impasses comerciais a investigações, o clima entre as duas partes se deteriorou e deixou uma sensação de distanciamento entre categoria e entidade, abrindo especulações sobre uma possível ruptura.
Em entrevista para o site Motorsport Magazin, o presidente da FIA comentou sobre o papel da entidade para regular as categorias, inclusive a Fórmula 1, como forma de manter a ordem para garantir o melhor espetáculo para os fãs.
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“Acredita que as grandes marcas investiriam na Fórmula 1 se não existisse um regulador? Quem falar de cisão não sabe do que está falando. Nós temos um espetáculo, mas com regras”, afirmou.
“Não estamos envolvidos em questões de ações ou vendas de ingressos, apenas pedimos clareza e correção de erros. Nossos poderes precisam estar claramente definidos. Precisamos saber qual nosso papel, mas não somos provedores de serviços. O Liberty Media [grupo americano que detém os direitos comerciais do Mundial] pode vender a F1 e esquecê-la, mas nós vamos continuar. Eles estão lá pelo lucro, nós estamos pelo esporte”, continuou o dirigente.
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“Quero deixar isso bem claro. Eles não vão acordar um dia e dizer que a FIA não está mais ali. Sei quem me ataca, mesmo que ele não tenha notado. Meu grupo de trabalho é inteligente, o paddock é pequeno e todos nós nos conhecemos. Sei quem vaza coisas e inventa, sei quem está por trás de tudo”, concluiu.
Desde a chegada de Mohammed Ben Sulayem ao posto de presidente da FIA, a relação entre a entidade máxima do esporte a motor com a Fórmula 1 vem sofrendo um enorme desgaste, inclusive com o Liberty Media, o grupo americano que detém os direitos comerciais do Mundial, já considerando romper de vez com a federação, segundo reportagem da BBC Sport.
O ápice da crise estourou em dezembro de 2023, tudo por conta de uma fagulha lançada sobre um dos casais mais emblemáticos do automobilismo: Toto e Susie Wolff. E tudo isso após a FIA tornar público que apurava uma possível troca de informações sigilosas entre eles. Dias depois, porém, a entidade divulgou um comunicado afirmando que, após uma análise, não há investigação sobre questões de ética e disciplinares sobre o casal e que está satisfeito com o protocolo de compliance da F1.
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