Na Garagem: presidente da FIA volta no tempo e defende punição a Senna em 1990

Marcado por um gosto de revanche, o tenso campeonato de F1 de 1990 teve seu campeão selado com um acidente envolvendo Ayrton Senna e Alain Prost na largada do GP do Japão. Na época, o brasileiro escapou de ser punido, mas gente importante achava que sua atitude havia sido passível de punição.

 

O que pesou a favor de Senna? O contexto.

 

Há exatos 15 anos — em 21 de fevereiro de 2001 —, ao rememorar o episódio de outubro de 1990, o então presidente da FIA, Max Mosley, defendeu que uma sanção deveria ter sido aplicada contra o piloto da McLaren.

“O Senna deveria provavelmente ter sido excluído do campeonato por ter feito algo perigoso como aquilo, mas eu acho que a sensação era que o que havia acontecido no ano anterior havia sido ultrajante — de que ele havia genuinamente vencido a corrida, mas que a vitória lhe havia sido tirada equivocadamente. Então era natural que houvesse uma ligeira simpatia”, afirmou Mosley.

 

O episódio citado, claro, é o controverso GP do Japão de 1989. Após um toque com Alain Prost na chicane, Senna manobrou na área de escape, voltou à pista e passou Alessandro Nannini na última volta para vencer. No entanto, os comissários o desclassificaram por cortar caminho por dentro da chicane. A punição confirmou o tricampeonato de Prost.

 

Mosley, diga-se, era o presidente da FIA quando, em 1997, Michael Schumacher foi excluído do Mundial de Pilotos por jogar o carro para cima de Jacques Villeneuve na corrida decisiva, em Jerez.
 

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