Na Inglaterra, Massa é apresentado a nova cultura de trabalho e tenta deixar britânicos “mais soltos”

Depois da Sauber – tão limpa que se podia até comer no chão da fábrica – e da Ferrari – o oposto disso –, Felipe Massa está aprendendo a lidar com uma nova cultura em 2014, seu primeiro ano na Williams: a britânica


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Multinacional que é, o paddock da F1 reúne pessoas das mais diversas nacionalidades e promove um intercâmbio interessante. Só entre os pilotos inscritos para essa temporada, 13 países estão representados. Já há 12 anos na categoria, Felipe Massa está sentindo esse aspecto na pele mais uma vez em 2014, ao procurar se adaptar à Williams.

O brasileiro estreou no Mundial em 2002 com a suíça Sauber – à época, já possuía relação com a Ferrari, de quem foi piloto de testes em 2003. Voltou para Hinwil para os campeonatos de 2004 e 2005 e, desde 2006, competia com carros italianos.

Agora, Massa deixou a Europa continental para trabalhar na Inglaterra. Predominantes no paddock, ingleses já cruzaram o caminho do piloto. Apesar disso, ele nunca precisou conviver diariamente num ambiente britânico – uma experiência que, por enquanto, não está sendo nada complicada.

Além de experiência e habilidade no volante, Massa também quer levar um pouco de sua malemolência para a Williams (Foto: Duda Bairros)

Perguntado pelo GRANDE PRÊMIO em encontro com jornalistas em São Paulo na última terça-feira (11), Massa falou sobre as diferentes culturas que conheceu na última década.


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Ele admitiu ser um pouco mais identificado com os italianos, mas passa longe de possuir alguma rejeição pelos demais. Na verdade, ele os considera mais organizados e já tem a impressão de que os britânicos, apesar de frios, também são adeptos de uma boa galhofa.

Massa começou descrevendo a obessão da Sauber pela limpeza. “Era tão limpo que você podia comer no chão”, contou.

“Naquela época, treinava-se muito, e não tinha uma vez que, em 100 voltas no dia, o carro não entrava no box sujo e saía limpo”, lembrou. Situação antagônica ele presenciou na Ferrari: “O carro entrava preto no box e saía preto.”

“É o jeito do italiano, onde tem coisas mais importantes que outras. Funciona porque é uma equipe maior. Um jeito bem latino. Eu também sou assim, brasileiro é assim em geral. Até o jeito de falar: se você travar o braço do italiano, ele não consegue falar”, disse.

Felipe pensa que a Williams se aproxima mais do modus operandi suíço do que do italiano. “O jeito de falar, o tipo de brincadeiras… É uma equipe muito mais séria, pelo jeito que o inglês é. É legal também. Já armei algumas brincadeiras dentro da equipe e você sente que eles gostam – não estão acostumados, na verdade. É bacana.”

“Tenho muito que aprender ainda sobre os ingleses, mas eu tenho certeza que eles gostariam de aprender o outro lado, e eu sempre fui muito aberto, brincalhão. Muito trabalhador, mas do meu jeito”, afirmou.

Esse intercâmbio cultural é, na visão de Massa, sem dúvida, positivo. “Vale a pena misturar, tentar fazer uma equipe britânica ser um pouquinho mais solta, porque os ingleses são bem travados”, falou.

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