Mazepin obtém vitória legal e escapa de sanção da União Europeia após dois anos

Após dois anos sancionado, Nikita Mazepin conseguiu se livrar das restrições da União Europeia (UE) na última quarta-feira. A decisão subverte as sanções de cunho financeiro aplicadas pela corte europeia em março de 2022, logo após o começo oficial da guerra na Ucrânia.

Mazepin foi demitido pela Haas em fevereiro de 2022, no meio dos testes coletivos de pré-temporada, no dia seguinte à invasão russa. A sanção veio semanas depois sobre Nikita e o pai, Dmitry Mazepin, dono da Uralkali, gigante do ramo de fertilizantes e que patrocinava a Haas de maneira pesada. O acordo entre Haas e Uralkali foi encerrado no mesmo dia que o do piloto.

Na ocasião, os Mazepin foram sancionados pela UE por fazerem parte da lista de pessoas que “apoiavam ou se beneficiavam do governo da Rússia ou que providenciavam fonte importante de receita”. Acontece que, após dois anos, a Corte Geral concluiu que nada disso foi comprovado no caso de Nikita.

De acordo com a resolução, inclusive, a demissão da Haas é um fato que agora ajudou o piloto a se livrar das restrições. Isso porque, quando deixou de ter a vaga na F1 apoiada pela companhia do pai, passou a não ter mais qualquer ligação com a Uralkali. Assim, em março de 2022, já não mais se beneficiava da companhia e suas ligações com o governo.

“A Corte Geral conclui que o Conselho não alcançou a necessidade de provar e estabelecer uma ligação. A associação entre Nikita Mazepin e o pai [e o governo Putin] não foi estabelecida de forma alguma, tanto da parte econômica quanto da perspectiva de capital ou existência de interesses em comum que os ligasse no momento em que os atos investigados foram tomados”, afirmou a resolução.

“Com relação ao suposto patrocínio de Nikita Mazepin por parte do pai, a Corte Geral conclui, entre outras coisas, que, em março de 2022, Nikita Mazepin já não guiava pela equipe Haas na F1. Os atos averiguados, portanto, são baseados apenas em conexões familiares, algo que não é suficiente para manter o nome na lista de pessoas submetidas a medidas restritivas”, finalizou.

O movimento também é um passo para se livrar das sanções impostas a Mazepin pelo Reino Unido. Na última tentativa que fez de acabar com as restrições, em junho de 2023, recebeu uma negativa da Alta Corte de Londres.

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