Mazepin tem recurso negado pela Alta Corte de Londres e segue impedido de viajar

Nikita Mazepin teve um recurso negado pela Alta Corte de Londres e permanece impedido de viajar. Governo britânico aplicou sanções contra a família do russo na esteira da guerra entre Rússia e Ucrânia

Nikita Mazepin não poderá voltar tão cedo a rodar o mundo para correr na Fórmula 1. A Alta Corte de Londres rejeitou um recurso do russo, que segue impedido de viajar. As informações são do jornal italiano La Gazzetta dello Sport.

Em março do ano passado, União Europeia e Reino Unido aplicaram sanções financeiras contra a família Mazepin na esteira da guerra entre Rússia e Ucrânia. A ação foi resultado da proximidade entre Dmitry, pai de Nikita, e Vladimir Putin, presidente da Rússia.

Nikita Mazepin queria negociar retorno à F1 (Foto: Haas)

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Um relatório da União Europeia informou que Dmitry Mazepin, proprietário da Uralkali, ex-patrocinadora da Haas, teve um encontro com o Putin, em 24 de fevereiro de 2022, quando começou a invasão russa na Ucrânia. A reunião contou com outros 36 empresários e tinha como objetivo discutir o provável impacto do conflito. A UE tem notificado diversos oligarcas russos que apoiam as ações de Putin. No caso, Dmitry e Nikita são acusados de “apoiar ou implementar ações ou políticas” que ameaçam a Ucrânia, dando suporte financeiro ao governo russo.

“O fato de ter sido convidado a participar desta reunião mostra que é um membro do círculo mais próximo de Vladimir Putin e que está apoiando ou implementando ações ou políticas que prejudicam ou ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência de Ucrânia, bem como estabilidade e segurança na Ucrânia”, seguiu o relatório.

Já sobre Nikita e em que pese a demissão da Haas, a União Europeia afirmou que é “uma pessoa ligada a um importante empresário envolvido em setores econômicos que fornecem uma fonte substancial de receita ao governo da Rússia”.

No mesmo mês, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) determinou que os pilotos russos e bielorrussos teriam de correr sob uma bandeira neutra para continuarem nas competições. Mesmo com a brecha, a Haas, que já havia retirado o patrocínio da russa Uralkali, optou por romper contrato com Mazepin.

Alguns pilotos russos decidiram mudar a cidadania para não sofrerem sanções, como Robert Shwartzman e Konstantin Zhiltsov. Ambos agora competem sob a bandeira de Israel, mas Mazepin lembrou que “as pessoas não podem ser condenadas”.

Nikita sempre contestou as sanções e optou por recorrer na justiça. Em maio, o Tribunal de Justiça da União Europeia deu autorização para que ele voltasse a competir, desde que usando bandeira neutra, como pede a FIA. O piloto, porém, esperava a suspensão do veto de viagens para poder ir ao Reino Unido tentar negociar um retorno à F1, mas a Alta Corte de Londres negou o pedido.

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