Ocon comete pequenos erros, mas temporada “não é um desastre”, diz chefe da Renault
Cyril Abiteboul entende que Esteban Ocon tem sido às vezes impaciente e, por isso, comete erros. O chefe da Renault ressaltou também o fato de o piloto ter um forte companheiro de equipe ao seu lado, Daniel Ricciardo
Quando se olha para a tabela de pontos do Mundial de Pilotos em 2020 na Fórmula 1, Daniel Ricciardo aplica uma sonora goleada em Esteban Ocon. O australiano, um dos grandes destaques do campeonato, ocupa a quarta colocação e soma 78 tentos, contra menos da metade do seu companheiro de equipe na Renault. O piloto francês, que tem somente 36 pontos, tem como seu melhor resultado o quinto lugar no GP da Bélgica, protagonizou um momento de tensão com a equipe ao reclamar e ser repreendido no rádio ao fim do GP da Itália, mas abandonou três corridas — GPs da Estíria, da Toscana e de Eifel — por conta de problemas mecânicos.
A oscilante forma de Ocon em 2020 levantou um rumor inesperado sobre seu futuro na Fórmula 1. Teoricamente, o francês tem contrato com a Renault até a próxima temporada, sendo emprestado pela Mercedes, mas o jornal suíço Blick dá conta de que Pierre Gasly, hoje na AlphaTauri, está no radar da equipe de Enstone.
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Contudo, Cyril Abiteboul, chefe da Renault, deixou claro que, por enquanto, Ocon segue prestigiado. “Ele precisa fazer o que ele tem feito em algumas corridas que, infelizmente, não se materializaram, mas por motivos que não estão diretamente sob seu controle”, disse o dirigente em entrevista veiculada pelo site britânico RaceFans.
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“Mas sejamos claros: desde Monza — Monza foi difícil —, foi uma espécie de reset para Esteban, no sentido da maneira com que trabalhamos todos juntos. Houve muita discussão, muito trabalho árduo para Mark Slade, que não é novo na engenharia de corrida, com o objetivo de acompanhá-lo nas etapas”, salientou.
“Ele precisa ser muito pragmático sobre a situação, que não é um desastre. Francamente, se você tirar os pontos que ele perdeu por falta de confiabilidade, provavelmente ele estaria atrás de Daniel por pouco”, complementou.
Abiteboul, que vem rasgando elogios a Ricciardo, responsável pelo primeiro pódio da equipe desde seu regresso à Fórmula 1, em 2016, entendeu que o nível de comparação para Ocon é muito alto justamente por causa do patamar do piloto australiano.
“Mas estamos falando de Daniel Ricciardo. Ele [Ocon] nunca teve um companheiro de equipe tão forte. Ele teve alguns bons companheiros de equipe, Pérez, particularmente, é forte, mas eu acredito que Daniel é mais forte”, comentou.
Na visão do chefe, Ocon sofre pela falta de confiança e, na sede pela busca de melhores resultados, comete erros que um piloto mais experiente não cometeria. “Ele precisa ser muito pragmático e definir para si alguns objetivos realistas. Mas veja também a sua atual performance, da qual ele não deve se envergonhar e construir confiança. Construir também sua habilidade em ser um pouco paciente às vezes. Como muitos jovens pilotos, ele é um pouco impaciente, o que o leva a cometer alguns pequenos erros”.
“Mas não tenho absolutamente nenhuma preocupação de que isso não possa ser corrigido e, com o apoio da equipe em torno dele, isso vai ser corrigido”, concluiu.
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