Paciência, muitos detalhes e uma sondagem: como foi processo de renovação do contrato de Hamilton

Lewis Hamilton levou mais de meio ano para decidir sobre a renovação de contrato com a Mercedes. O próprio piloto participou das negociações do acordo que agora tem dois anos de vigência. E, neste tempo, chegou a ser sondado por uma das equipes rivais, mas o coração e o longo vínculo com os alemães falaram mais alto

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A notícia que movimentou o paddock da F1, nesta quinta-feira (19), véspera do GP da Alemanha, foi a renovação do contrato de Lewis Hamilton com a Mercedes. Não que houvesse alguma dúvida sobre a continuidade da parceria, muito pelo contrário. Mas o que chamou a atenção foi a demora em fechar o negócio. Todo o processo durou meio ano praticamente em conversas diretas entre o inglês e o chefe Toto Wolff desde o inverno europeu. Diferente de outras vezes, Hamilton quis cuidar pessoalmente do novo vínculo, participou ativamente, colocou seus termos, mudou pequenos detalhes até que tudo estivesse do seu gosto. O comando da Mercedes precisou de paciência até que, no fim do mês de maio, por volta do GP de Mônaco, Lewis e a esquadra prateada encontraram um denominador comum: a ampliação do acordo por mais dois anos e uma soma incalculável. Na verdade, nem a equipe e nem o tetracampeão confirmaram, mas entende-se que o contrato que vai até 2020 beire os R$ 200 milhões. 

 
Esse é o terceiro acordo entre Hamilton e a Mercedes. O primeiro aconteceu em 2013, quando o britânico decidiu deixar a McLaren, mas a ligação do #44 com a marca da estrela de três pontas vem desde 1997, quando Ron Dennis decidiu apoiar a carreira do então jovem kartista. A montadora de Stuttgart vivia o início da parceria com o time de Woking.

“Tem sido um grande processo até aqui e uma jornada empolgante. E para falar a verdade, é minha culpa. De qualquer forma, estou ligado à Mercedes desde os 13 anos. Acho que foi em 1997, quando assinei o primeiro contrato. Cheguei da escola e Ron Dennis me ligou falando sobre o acordo com a McLaren e a Mercedes. Então, tem sido uma trajetória incrível. Realmente especial. Eu tenho apenas boas lembranças desses anos todos, de estrear na F1 e tudo mais. E, claro, estou realmente muito contente e orgulhoso por fazer parte disso tudo. É uma sensação muito boa, de fato”, afirmou Hamilton aos jornalistas, em Hockenheim, na entrevista também acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO.

Lewis Hamilton decidiu ficar mais dois anos na Mercedes (Foto: Mercedes)

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Ao falar do processo que o levou a renovação, Hamilton faz um elogio especial ao chefe Toto Wolff. “Toto é um grande ser humano e um grande chefe. Nós temos, de fato, um relacionamento muito bom. Tivemos ao longo de todos esses anos alguns altos e baixos, mas isso acontece em qualquer relacionamento, não é? Mas tenho de dizer que estou realmente agradecido por Toto ter sido tão paciente comigo neste processo, porque poucas pessoas teriam me dado esse tempo. E isso também mostra o quanto de confiança temos um no outro. E desde do dia 1. Estou realmente feliz com esse processo. Posso dizer que gostei da fase da negociação, foi intensa e aprendi muito nesse período. Foi uma dinâmica interessante”, disse.

 
E ao mencionar a confiança que compartilha com a Mercedes, Hamilton deixou claro que precisou de tempo para decidir sobre o contrato porque era uma "decisão muito importante" e "não porque queria investigar o mercado", buscar alternativas e tentar barganhar. Ainda assim, o tetracampeão revelou que uma das principais rivais da equipe prata chegou a procurá-lo.

"Em termos de aproximação dos outros caras, apenas um me procurou", falou Lewis, sem contar quem fez o contato. Seguindo a mesma questão, Lewis disse também que a opção de ficar mais dois anos é "estratégia", principalmente para entender qual o rumo a F1 vai tomar a partir de 2020, quando há uma previsão de mudança drástica dos regulamentos. 

 
"Pessoalmente, eu queria dois anos. Nós chegamos a falar sobre três temporadas, mas a F1 está sempre mudando e vamos ver o que acontece em 2021. E estou muito interessado em ver o que vai acontecer", completou.
 
Mas Hamilton ainda foi perguntado se sentia que esse poderia ser seu último contrato, ao menos com a Mercedes. "É impossível dizer agora aonde vou estar em dois anos, o que vou sentir. Tudo que posso falar é que ainda é muito legal. Nunca imaginei estar tão animado com uma renovação. Só boas razões para isso. Estou aqui sentado dando esta entrevista, vendo toda a parte antiga desta pista, então não há dúvidas neste momento. Há muitas razões para estar aqui. Mas quem sabe como vai ser a minha vida daqui a dois anos. Só o tempo dirá."
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