Pilota da F3 Europeia, colombiana Calderón rejeita ‘F1 de saias’ por “não ver muitas garotas no automobilismo”

Aos 22 anos, Tatiana Calderón tem como maior inspiração o compatriota Juan Pablo Montoya. Mas para voltar a colocar a Colômbia no grid da F1, a jovem pilota disse que não há necessidade de criar uma categoria exclusiva para mulheres

Nascida em Bogotá em 10 de março de 1993, Tatiana Calderón faz parte de um grupo bastante restrito: a de mulheres ativas no automobilismo. A pilota colombiana disputa, pelo terceiro ano seguido, a competitiva F3 Europeia, e neste ano compete pela tradicional equipe britânica Carlin. Inspirada no compatriota Juan Pablo Montoya, Calderón almeja colocar novamente a Colômbia no grid de F1, mas não é nada favorável à ideia de uma categoria feminina. Na visão de Tatiana, não há viabilidade para tal proposta porque não há muitas mulheres no automobilismo.

Na atual temporada da F1, a espanhola Carmen Jordá foi recentemente contratada para ser pilota de desenvolvimento da Lotus. Susie Wolff ocupa a mesma função na Williams. Contudo, quando a equipe britânica ficou ameaçada de não poder contar com um dos seus titulares — no caso, Valtteri Bottas, no GP da Malásia —, Adrian Sutil foi contratado como reserva, tirando as chances de Susie estrear na categoria. A escocesa também rejeitou a ideia de uma 'F1 de saias'.

Tatiana Calderón não vê razão para criação de F1 exclusiva para as mulheres (Foto: F3 Europeia)

Nos Estados Unidos, alguns nomes se destacam, como Danica Patrick, na Nascar, e Simona de Silvestro, que após tentativa frustrada de ingressar na F1 por meio da Sauber, voltou à Indy como pilota da Andretti Autosport. No Brasil, o principal expoente do automobilismo entre as mulheres é Bia Figueiredo, atualmente no grid da Stock Car.

Para Calderón, não há razões para uma categoria exclusivamente feminina. “Eu ainda não vejo muitas garotas no automobilismo, então não acho que deveríamos ter um grid próprio. Mas não vejo a necessidade de um campeonato apenas para mulheres, já que somos capazes de competir ao mais alto nível”, afirmou a colombiana em entrevista ao site ‘Motorsport.com’.

Segundo Tatiana, são várias as razões que tornam o acesso à F1 mais restrito. “Não é questão de ser mais complicado para as mulheres. Há apenas 20 vagas na F1 e é difícil para os caras também, não é pelo fato de sermos mulheres. Mas sim porque é muito, mas muito difícil chegar lá.”

Na visão da pilota, a possível presença de uma mulher no grid da F1 pode inspirar e influenciar outras garotas nos primeiros passos no esporte. “Certamente, você precisa de uma inspiração, o que significa que precisamos de uma mulher na F1. Mas acho que a hora está chegando. Estamos nos tornando cada vez mais competitivas e, quando chegarmos lá, tenho certeza de que poderemos competir, e mais garotas vão estar no automobilismo”, finalizou.

GP RECOMENDA

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