Pilotos recordam passado e cobram FIA por punições a causadores de bandeira vermelha

Carlos Sainz, Esteban Ocon e Sergio Pérez são alguns dos pilotos que voltaram a cobrar a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) por punições mais severas para aqueles que causarem bandeira vermelha durante as classificações da Fórmula 1, prejudicando os demais competidores. O espanhol da Ferrari, inclusive, disse que algumas manobras são feitas “propositalmente”.

O assunto voltou a virar pauta durante a coletiva de imprensa para o GP de Mônaco, realizada nesta quinta-feira (23), já que as ruas estreitas de Monte Carlo acabam se tornando cenário ideal para qualquer tipo de ‘malandragem’ dos pilotos. Em 2006, por exemplo, Michael Schumacher fingiu ter cometido um erro enquanto contornava a Rascasse para, desta forma, prejudicar Fernando Alonso, que vinha em volta rápida e aparecia como o favorito para tomar a pole-position das mãos do alemão. Após análise, os comissários julgaram a ação do heptacampeão como sendo deliberada e, por isso, Schumacher teve de largar do fundo do grid.

No entanto, até mesmo incidentes que não aconteceram propositalmente — ou que não podem ser comprovados, pelo menos — são igualmente problemáticos. Há dez anos, Nico Rosberg prejudicou Lewis Hamilton ao passar reto na Mirabeau e causar bandeira amarela no setor 2 de Mônaco, enquanto que em 2022, Sergio Pérez foi quem cometeu um erro na Portier, antes da entrada do túnel, e impediu Max Verstappen de completar a sua volta.

Para evitar que situações desta natureza continuem acontecendo, os pilotos querem discutir a possibilidade de implementar uma regra que cancele o melhor tempo de volta do responsável por qualquer paralisação que prejudique os demais. Desta forma, as atitudes antidesportivas seriam rapidamente desestimuladas.

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“Houve casos muito claros em circuitos de rua onde, entre nós, pilotos, vimos outros propositalmente causando bandeira vermelha”, alertou Sainz. “A FIA, talvez, não esteja tão convencida de que as ações sejam propositais, mas nós, como pilotos, sabemos o que é proposital e o que não é. Então, será interessante ver qual abordagem eles adotarão neste fim de semana”, continuou.

“Esse é sempre um assunto abordado quando chegamos em Mônaco. Só espero que, para o benefício do show, do fair play e das corridas justas, todos nós possamos ir ao Q1 e ao Q3 dando tudo de nós, sem correr riscos desnecessários”, encerrou o #55 da escuderia de Maranello.

Piloto da Alpine, Ocon foi mais um que expressou apoio à introdução da nova regra, afirmando que isso é “algo sensato de se fazer, porque vimos no passado pilotos causando problemas, não permitindo que outros conseguissem completar volta rápida. Acho que isso deveria ser algo que a FIA monitore”.

Personagem de um dos casos citados, Pérez também concordou com os colegas. “Sim, definitivamente. Acho que é assim que deveria ser. Temos tentado fazer esse tipo de esforço nos últimos anos, mas nada parece acontecer”, disse o mexicano da Red Bull.

O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP de Mônaco de Fórmula 1 e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após classificação e corrida. Na sexta-feira, o TL1 está marcado para as 8h30 (de Brasília, GMT-3); o TL2 encerra o dia às 12h. No sábado, o TL3 abre as atividades às 7h30, ao passo que a classificação está marcada para as 11h. Por fim, a largada está marcada para as 10h do domingo.

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