Prancheta GP: Ferrari SF1000 se inspira bem na SF90. Mas falta algo?

A SF1000, o carro da Ferrari para a temporada 2020, não camuflou a inspiração no modelo anterior, a SF90, mas o conjunto todo ainda guarda certo mistério, como se a equipe italiana estivesse escondendo o jogo

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A Ferrari é uma equipe em busca de redenção. Depois de levar meia temporada para se entender com os pneus e com complicado carro de projetou em 2019, a escuderia vermelha só foi capaz de se recuperar no segundo semestre, ajudada por um pacote aerodinâmico eficaz e que lhe proporcionou um interessante ganho de downforce, especialmente a partir do GP de Singapura, mas foi a velocidade de reta que realmente impressionou na SF90. Por isso, para a temporada 2020, o time de Maranello busca inspiração naquele conjunto de bem-sucedido de atualizações da etapa de Marina Bay.

O sentimento de família com a SF90 ainda é forte, dada a semelhança com o bico, que é apenas um pouco mais estreito, equipado com uma asa manta, a mesma do pacote do GP de Cingapura de 2019 (Ilustração: Paolo Filisetti)
Assim, a SF1000 nasceu atrás de um objetivo essencial: um aumento na carga gerada pela carroceria, algo que faltava ao modelo anterior. As soluções agressivas mostradas, destacadas acima de tudo pelo estreitamento dos sidepods em direção à parte traseira, combinadas com o aumento acentuado da complexidade dos bargeboards se traduz no caminho encontrado pelos projetistas.
Também na vista lateral, é notável a clara inspiração no projeto de 2019, da qual retém muitos elementos distintos (Ilustração: Paolo Filisetti)

O trabalho cuidadoso de gerenciar os fluxos no nível da entrada de ar do motor é visível com duas aletas ao lado para melhorar o direcionamento dos fluxos em direção à asa traseira. Os lados são muito finos, são fortemente inclinados, para liberar o fluxo de ar direcionado para a traseira. Na frente deles estão os complexos bargesboards, com um desenvolvimento maior na frente, e uma série dupla de bumerangues com os quais se conectam às partes laterais. Os suportes duplos dos espelhos também foram modificados, com um perfil superior que atua como um separador de fluxo.  Ao mesmo tempo, na frente, a asa e o bico parecem uma fotocópia da versão anterior. Não há dúvida de que esses dois elementos, especialmente o primeiro, devem ser considerados provisórios.

 
De fato, a complexidade dos bargesboards pressupõe uma gestão dos fluxos que impacta na asa dianteira, agora menos voltada para o out wash, a passagem de ar para fora.
A complexidade desses elementos é evidente, uma indicação de um gerenciamento de fluxo diferente do carro do ano passado, mais voltado para o in wash (Ilustração: Paolo Filisetti)

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