Presidente da FIA revela que plano para teto orçamentário na F1 a partir de 2015 foi abandonado

Os planos de criar um teto orçamentário na F1 em 2015 foram abandonados, de acordo com Jean Todt, presidente da FIA, a Federação Internacional de Automobilismo. No ano passado, a entidade havia anunciado que pretendia aplicar um plano de limite de custos na próxima temporada e que esperava um acordo com as equipes até junho de 2014.

Porém, seis representantes do Grupo de Estratégia da F1 — Red Bull, Ferrari, Mercedes, McLaren, Williams e Lotus — escreveram para a FIA no mês passado se colocando contra a proposta, por não acreditarem em seu funcionamento efetivo. As equipes se mostraram pouco confiantes na eficiência do policiamento do limite orçamentário e sugeriam usar os regulamentos técnicos e esportivos para promover um corte nos custos.

Jean Todt conversa com o chefe da Red Bull, Christian Horner, durante o GP do Bahrein (Foto: Getty Images)

Presente no paddock pela primeira vez em 2014, Todt confirmou que não houve entendimento entre os times. "A maioria era a favor do teto, mas entendo que os times do Grupo de Estratégia da F1 agora são contra", disse o dirigente aos jornalistas em Sakhir, neste domingo (6).

"Então, claramente, se o detentor dos direitos comerciais e se os seis times são contra, eu não posso fazer muito. É uma questão matemática. Por isso, neste caso, não teremos mais um teto orçamentário", completou.

O francês disse ainda que o limite de custos poderia, sim, funcionar e que regular os gastos por meio de regras será mais complicado. "Se estou desapontado? De certa forma sim, porque talvez seja mais difícil de limitar os gastos por meio de restrições no regulamento", acrescentou.