Problema de aquecimento, busca por melhor desempenho e voltas muito rápidas: Pirelli avalia semana de testes

A semana de testes da Pirelli foi produtiva. A fábrica italiana descobriu que equipes de Fórmula 1 sofrem com a menor temperatura dos cobertores de pneus traseiros, além de tentar decifrar ao todo os novos compostos. As questões, todavia, não mudam o fato de que Mario Isola está satisfeito com o trabalho feito pela fábrica

A Pirelli não tem muito do que se queixar a respeito da primeira semana de testes da Fórmula 1. A fábrica italiana cumpriu as próprias expectativas para as atividades em Barcelona, conseguindo extrair desempenho considerado satisfatório dos pneus. Por outro lado, a fornecedora da categoria viu equipes ainda tentando decifrar as novidades dos compostos de 2019 em relação aos de 2018.
 
Em uma pré-temporada ainda tranquila, um dos tópicos mais importantes foi a redução de temperatura dos cobertores de pneus traseiros, passando de 100º C para 80º C. Não por coincidência, abrir os trabalhos durante a manhã virou um desafio – pilotos como Kimi Räikkönen, Alexander Albon e Lando Norris conheceram a caixa de brita nos primeiros minutos das manhãs.
 
“A redução na temperatura dos cobertores traseiros afeta a volta de saída dos boxes. Não muda nada durante a tarde, mas durante a manhã eles precisam de mais cuidado na saída dos boxes”, comentou Mario Isola, chefe da Pirelli na F1, em entrevista acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO.
 
O dirigente, apesar de ter noção da situação, ressalta que os problemas são consequência direta dos cobertores. Não há sinal de culpa dos compostos da Pirelli.
 
“Nunca tivemos problemas com os pneus traseiros em termos de aquecimento. A gente até testou cobertores de 80º C na frente e na traseira em Abu Dhabi e nós não tivemos problemas, mas sabemos que algumas equipes sofrem com o aquecimento dianteiro em algumas pistas, então seguimos com 100º C”, apontou.
As equipes ainda decifram os novos pneus da F1 (Foto: Mercedes)

Os novos pneus são um novo elemento, mas certamente não o que mais importa para equipes de F1 no momento. A mudança do regulamento técnico, deixando a aerodinâmica dos carros simplificada, ocupa a cabeça de engenheiros. Da parte das escuderias, o trabalho parece ser bem feito: Isola nem nota perda significativa de performance de 2018 para 2019.

 
“Nós temos diferentes dados de diferentes equipes, então eles não são todos iguais, mas essa perda de performance não aconteceu, eu acho”, comentou. “Mesmo assim, eu acredito que não importe. O objetivo da mudança é mudar os efeitos de um carro seguindo outro, e não mudar o downforce em si”, seguiu.
 
Os carros ainda muito rápidos, com tempo apenas aproximadamente 0s5 mais lentos do que os da pré-temporada de 2018, são a única surpresa para a Pirelli em uma pré-temporada ainda de calmaria.
 
“Sinceramente, não [estou surpreso com o rendimento dos pneus]. Esperava carros mais lentos. Estou feliz que os compostos estejam espaçados da maneira correta. Tivemos a primeira impressão disso em Abu Dhabi, mas era um circuito completamente diferente. Mas surpreso? Não, não no momento”, encerrou.

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