Red Bull exalta estratégia, mas admite que desgaste de pneus “ainda é problema”

A Red Bull fez valer a vantagem de ter um carro melhor acertado para ser veloz nas retas e conseguiu sair de Miami mais próxima da Ferrari no campeonato. Christian Horner, contudo, destacou que, desde o início, a estratégia da equipe foi construída em cima do cuidado com os pneus, mas não deixou de reconhecer que o desgaste da borracha ainda preocupa.

Ainda na largada, Max Verstappen conseguiu pular de terceiro para segundo e precisou de apenas nove voltas para deixar Charles Leclerc para trás e vencer a corrida deste domingo (8). “Nas primeiras voltas, Max estava apenas na dele e cuidando do pneu dianteiro direito. Essa foi a nossa tática: cuidar do pneu dianteiro direito e manter Charles sob pressão”, disse o chefe da Red Bull. “Com a velocidade que tínhamos em reta, ele conseguiu ter vantagem”, acrescentou.

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A batida de Pierre Gasly e Lando Norris foi outro ponto-chave, já que provocou a entrada do safety-car na 40ª volta da corrida. Horner explicou que os taurinos tiveram sorte por a Ferrari não ter optado pela parada para colocar pneus novos. “Eles poderiam ter colocado pneus macios. Isso neutralizou as coisas, mas não conseguimos ficar fora da zona do DRS de Charles. Max lidou com a pressão naquele momento e precisou de cinco voltas para sair da zona do DRS, mas conseguiu administrar a partir daí.”

A configuração de downforce baixo feita para Miami surtiu efeito, mas Horner admitiu que combinar alta velocidade e performance dos pneus ainda é uma questão. “Hoje valeu a pena, mas a confiabilidade será um problema.”

E a Red Bull ainda saiu de Miami com mais um problema no RB18, dessa vez com Sergio Pérez. O mexicano também vinha num ritmo forte, mas começou a reclamar de perda de potência no motor e não conseguiu acompanhar os demais na briga pelo pódio.

Horner confirmou um problema no sensor da unidade de potência de Checo que foi solucionado, mas o fez perder cerca de 30 hp. “Ele estava perdendo 0s5 por volta. Com a vantagem dos pneus, poderia ter terminado em segundo. Precisamos trabalhar com o pessoal da Honda para entender e nos livrarmos disso.”

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