Red Bull admite espanto com McLaren na F1: “Como não acharam desempenho antes?”
Em 2022, a McLaren "não estava em lugar nenhum", lembrou o diretor-técnico da Red Bull, Pierre Waché, admitindo que o impressionante salto de performance é intrigante
Que o regulamento estável logo proporcionaria um equilíbrio maior entre as equipes do grid da Fórmula 1, isso já era esperado, mas o enorme salto de performance da McLaren do GP de Miami em diante é algo que intriga a Red Bull. Tanto que o diretor-técnico, Pierre Waché, ainda se pergunta como os rivais ingleses não acharam desempenho antes.
O progresso da McLaren, na verdade, começou ainda no meio da temporada 2023, amplamente dominada por Max Verstappen. Logo no início daquele ano, os papaias lançaram o carro já avisados de que teriam de mudar muita coisa se quisessem resultados na Fórmula 1.
Dali em diante, o time trabalhou em três frentes de atualização até chegar à versão B do MCL60, que colocou Lando Norris na briga por pódios. O GP da Inglaterra de 2023 foi o grande ponto de virada para a McLaren, com o segundo lugar do #4.
Veio 2024, e a Red Bull começou ainda dominante, com Verstappen vencendo quatro das cinco primeiras corridas, só que o pacote de atualizações que o time chefiado por Andrea Stella levou para Miami virou de vez o jogo. Enquanto os taurinos e os demais rivais diretos — Ferrari e Mercedes — sofriam com problemas específicos, o MCL38 tomou a frente graças à versatilidade em todas as pistas.

“No ano passado, sim”, reconheceu Waché ao site da revista inglesa Autosport ao se referir ao domínio da McLaren. “Mas não sei. No início do ano, eles não estavam em lugar nenhum. No ano anterior, não estavam em lugar nenhum. Em 2022, mesma coisa. A McLaren produziu um carro que é bom desde Miami. Nos 2 anos e meio anteriores, eles não impressionavam”, acrescentou.
“Não sei onde eles estão, mas, acima de tudo, não sei por que não encontraram desempenho antes, se isso foi devido à correlação ou devido a outra coisa, não estou lá. Mas a questão para nós é que agora é mais difícil encontrar desempenho extra, ainda mais com as ferramentas que temos à nossa disposição”, completou Waché.
O diretor-técnico explicou que a Red Bull se deparou com um problema de correlação no ano passado, que é quando a linha de desenvolvimento encontrada em túnel de vento, softwares e simulador não corresponde aos resultados obtidos na pista. E o prognóstico não é dos mais animadores, já que ele admitiu que se trata de um tema “que nunca será totalmente corrigido”.
Por enquanto, a Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.
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