Red Bull se vê dentro do teto de gastos na F1 2022, mas “não dá para ter certeza”

Christian Horner, chefe da Red Bull, aproveitou a coletiva dos chefes de equipe na Cidade do México e falou amplamente sobre a expectativa da equipe para o teto orçamentário na temporada 2022

A semana foi de confirmações no assunto da quebra do teto orçamentário da Fórmula 1 em 2021. Para evitar um julgamento tradicional e a extensão do caso, Red Bull e Aston Martin aceitaram um acordo e receberam as respectivas punições pelos desagravos que cometeram na parte financeira em relação ao ano passado. Mas e em 2022? De acordo com a equipe austríaca, a expectativa é de que tudo esteja de acordo com as regras. Mas é somente expectativa, sem certeza.

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Quem falou sobre o assunto foi Christian Horner, chefe da Red Bull, durante a coletiva oficial da FIA para os chefes de imprensa, realizada no autódromo Hermanos Rodríguez, no México. Questionado sobre se a Red Bull crê que pode novamente passar do teto, Horner aponta que vários dos gastos do ano passado não se repetem e foram equacionados, mas, no fim das contas, admite que não tem como precisar.

Horner foi além, ainda, e levantou a possibilidade da Red Bull estar entre as equipes que menos gastou em áreas como desenvolvimento e recuperação de danos por acidentes ao longo de 2022. Mas não tem como saber, mesmo assim, se a Red Bull está dentro das regras financeiras.

“O efeito material que tivemos para este ano, que tivemos de fazer pensando em 2022, muita coisa é um custo que se tem uma vez só. Custo supérfluo, pagamento de saúde, rescisão, essas custos são alguns que você tem uma vez só. Continuaremos trabalhando com nosso pessoal, mas os custos serão empurrados para dentro do teto”, afirmou.

“Quando avaliamos o nível de desenvolvimento para 2022, acho que outras equipes tiveram significativamente mais componentes que nós em seus carros ao longo do ano”, seguiu.

Horner avaliou a situação da quebra do teto e punições (Foto: Red Bull)

“Apenas em teste de impacto, que é algo muito caro e que eu acho que precisa ser avaliado dentro do teto, quando se olha alguns dos acidentes deste ano — mesmo quando o acidente não é culpa da equipe ou do piloto —, Max Verstappen é o piloto que gerou menos danos ao longo do ano. Em questão de pedaços de carro utilizados, estamos entre os que menos usamos”, apontou.

“Ninguém pode para dizer com 100% de confiança que está confortavelmente dentro do teto orçamentário, principalmente depois do processo pelo qual acabamos de passar, mas sentimos que conseguimos incluir muitos gastos isolados no teto e estamos confiantes que, com o processo dessas regras sendo amarrado para o futuro, [2022] menos um Campeonato Mundial de Contabilidade”, falou.

Por fim, o chefe da Red Bull, que foi claro ao dizer que achou a punição forte demais, relatou o perigo de que outras equipes quebrem o teto orçamentário dadas as circunstâncias da atual temporada. Se a quebra for maior que a da Red Bull, o que vai acontecer? É o que questiona.

“Creio que estabelecemos um precedente para 2022. O perigo para 2022 é que pode haver umas seis equipes acima do teto. O preço de energéticos teve um aumento exponencial, mas felizmente nos protegemos disso. Mas há uma chance de que outras equipes, várias já até falaram sobre isso em reuniões das comissões, vão quebrar o teto neste ano”, disse.

“Acreditamos que não vamos quebrar o teto em 2022 pelas razões que eu já expliquei, mas essas punições estabelecem um precedente para o futuro. Então, se você toma uma punição de 10% [dos testes aerodinâmicos] por uma quebra de 0,37%, o que uma quebra de 5% vai causar?”, questionou.

GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP da Cidade do México de Fórmula 1. Logo mais, a classificação está marcada para as 17h (de Brasília, GMT-3). No domingo, a largada está marcada para o mesmo horário.

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