Red Bull teme que Fórmula 1 vire “mundial de contadores” por teto orçamentário

Christian Horner, chefe da Red Bull, espera dificuldades no controle de gastos sob regime de teto orçamentário. Tanto que talvez questões financeiras afetem os resultados nas pistas

O teto orçamentário é uma realidade ainda não plenamente digerida pela Fórmula 1. De uma hora para outra, o gasto indiscriminado passou a ser limitado ao total de US$ 145 milhões (R$ 754 milhões) por ano. Christian Horner, chefe da Red Bull, apoiou a medida. Mas deixa uma ressalva: é possível que o lado financeiro se torne excessivamente importante, criando um “mundial de contadores” na luta para ficar dentro do limite de gastos.

“É algo extremamente detalhado”, disse Horner ao site Motorsport.com, explicando o teto orçamentário. “É um conjunto de regras e é inevitável que algumas coisas vão precisar de esclarecimentos, coisas que passaram desapercebidas nesses primeiros dias. Nós temos de depender da FIA. São regras que você aceita e às quais você adere. Só que é inevitável que tenhamos estruturas diferentes de equipe para equipe. Vamos depender muito da FIA para garantir que isso [teto orçamentário] seja controlado de forma justa. É inevitável [que afete o campeonato], infelizmente. Eu só espero que não vire um campeonato mundial de contadores ao invés de ser algo decidido nas pistas”, destacou.

Christian Horner tem dúvidas sobre o teto orçamentário (Foto: Red Bull Content Pool)

Um ponto que ainda cria incerteza na F1 é saber o que acontecerá com quem infringir o teto orçamentário. Principalmente porque isso não é algo imediatamente percebido: a análise conduzida pelos auditores independentes leva meses e pode ser concluída apenas após o fim da temporada. Nesse caso, uma punição aplicada pela FIA arrisca alterar o resultado determinado nas pistas.

Entretanto, Horner não é apenas negativo. O dirigente acredita que a categoria deixa a mesa de negociações mais forte do que quando entrou.

“Houve muito trabalho, com as equipes de ponta cedendo bastante terreno. Nós apoiamos o processo e temos uma visão pragmática, pensando no futuro do esporte. Foi algo doloroso em algumas áreas, mas acho que a F1 como um todo será mais forte com esse conjunto de regras, mesmo que ainda seja necessário finalizar alguns detalhes”, encerrou.

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