Renault apresenta revolução, dá lugar à Alpine na F1 e mostra primeiro layout para 2021

Em conferência apresentada pelo CEO da Renault, o italiano Luca de Meo, a Alpine oficialmente nasceu como equipe de Fórmula 1 nesta quinta-feira (14). A rebatizada equipe sediada em Enstone apresentou um layout provisório para 2021, mas ainda não anunciou o nome que vai substituir Cyril Abiteboul no posto de chefe

A Renault oficialmente dá lugar à Alpine para o começo do que a marca francesa chama de revolução. O novo nome da equipe de Enstone foi apresentado oficialmente na manhã desta quinta-feira (14), em longa conferência apresentada pelo novo CEO da Renault, o italiano Luca de Meo, em evento chamado ‘Renaulution’, em alusão à palavra revolução, e envolve as marcas da própria Renault, Dacia-Lada, Alpine e Mobilize, que terá como foco desenvolver novas tecnologias renováveis e sustentáveis de mobilidade urbana.

Na apresentação, a Renault divulgou as primeiras imagens da pintura do carro com as cores da Alpine para a temporada 2021. Um layout provisório, com o preto como cor predominante na maior parte do carro e detalhes em vermelho, azul e branco, as cores da bandeira da França, na tampa do motor. A versão definitiva do carro, chamado A521, vai ser apresentada em fevereiro.

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A Alpine apresentou seu primeiro layout para seu novo ciclo na Fórmula 1 em 2021 (Foto: Reprodução)

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Laurent Rossi, recém-nomeado como novo CEO da divisão Alpine, apontou a Fórmula 1 como importante plataforma para a marca e para o Grupo Renault como um todo.

Ainda não foi anunciado também quem vai ocupar o posto de Cyril Abiteboul, que teve sua saída anunciada na semana passada. Davide Brivio, ex-chefe da Suzuki, apontado como sucessor do engenheiro francês, ainda não foi confirmado na função.

A mudança de nome da Renault para Alpine na equipe sediada em Enstone marca o início de um novo ciclo para Fernando Alonso. O bicampeão do mundo vai regressar ao grid do Mundial de Fórmula 1 depois de dois anos longe da categoria. Neste período, desbravou o Mundial de Endurance, conquistou corridas lendárias como as 24 Horas de Le Mans e as 24 Horas de Daytona, correu até o Dakar pela Toyota, mas fracassou na sua tentativa de lograr a terceira coroa e não conseguiu êxito nas 500 Milhas de Indianápolis.

Em 2021, Alonso volta para ocupar o lugar deixado por Daniel Ricciardo, que foi para a McLaren, e fecha dupla com o jovem francês Esteban Ocon.

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O CEO do Grupo Renault, Luca de Meo, apresentou a conferência de apresentação dos planos da marca para os próximos anos (Foto: Reprodução)

O plano estratégico do Grupo Renault para a Alpine compreende a divisão esportiva da multinacional francesa, englobando as atividades da Renault Sport Cars e da Renault Sport Racing em uma nova entidade. O projeto prevê que a Alpine seja uma marca 100% voltada aos carros esportivos elétricos em médio prazo, aproveitando a tecnologia do Grupo Renault e a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.

Com a Alpine, a Renault busca “colocar a Fórmula 1 no centro do projeto por meio de um compromisso totalmente renovado com o campeonato”. No ano passado, a montadora assegurou a permanência na Fórmula 1 ao assinar um vínculo de longo prazo.

O projeto da Alpine se estende também ao Mundial de Endurance a partir desta temporada. A marca traz também o desenvolvimento de um carro esportivo elétrico de nova geração em parceria com a Lotus, reativando uma parceria interrompida em 2010.

Baseada em três frentes, o plano estratégico tem a sua primeira fase chamada “Ressurreição”, que vai até 2023, que vai ter como foco buscar mais de 3% de margem operacional do grupo e a geração de liquidez.

A segunda fase chama “Renovação”, que vai até 2025, em que consiste a busca pela rentabilidade das marcas do Grupo Renault. E, por último, a fase chamada “Revolução”, com início em 2025, que pretende mudar o modelo econômico do Grupo Renault para tecnologia, energia e mobilidade.

No esporte a motor, o projeto da Renault para a Alpine está baseado no “objetivo de ser lucrativo em 2025, incluindo investimentos no automobilismo”, um desafio considerando os altos custos da Fórmula 1, embora o cenário a partir de 2021 com a adoção do teto orçamentário tenha justamente como objetivo a redução dos gastos e um esporte financeiramente mais sustentável.

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