Renault diz que falhas apresentadas em Jerez foram resolvidas e que verdadeiro potencial vai aparecer em Barcelona

A Renault deixou claro que a confiabilidade agora não é mais o calcanhar de Aquiles de suas unidades de força. A fabricante disse que os testes em Jerez mostraram uma significativa melhora neste quesito e que o objetivo para os treinos em Barcelona é a performance

A Renault revelou que as correções que realizou em sua unidade de força depois dos problemas apresentados nos testes em Jerez de la Frontera nessa semana foram eficazes e que representam uma melhora significativa do desempenho e da confiabilidade do motor.

De acordo com a fabricante, o próximo compromisso, os treinos coletivos em Barcelona, serão dedicados a outros trabalhos relacionados à performance em si. Na Catalunha, a fornecedora francesa espera apresentar seu verdadeiro potencial.

Para a temporada que começa em março na Austrália, a Renault somente vai entregar motores à Red Bull e à Toro Rosso. Segundo matéria da revista inglesa 'Autosport', a montadora decidiu restringir o trabalho dos times, impedindo-os de usar todo o potencial do motor durante os treinos no sul da Espanha nessa semana. Isso por temer falhas nos componentes. Uma nova atualização será testada nas atividades em Montmeló, a partir de 19 de fevereiro.

"Queremos focar mais na performance do motor nos testes em Barcelona e já andar em uma especificação próxima do que vamos usar em Melbourne, mas ainda, evidentemente, mantendo um olho na confiabilidade", afirmou Rémi Taffin, diretor de operações da Renault.

"Tivemos alguns problemas iniciais, que surgiram em grande parte porque fomos muito intransigentes com alguns aspectos do desenvolvimento ao longo do inverno", explicou o engenheiro.

Red Bull é empurrada pelos motores da Renault na F1 (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)

"O acúmulo de energia, particularmente, foi feito de forma bastante agressiva, mas nós temos agora de explorar os limites das peças em Barcelona para saber até onde podemos usar. Aprendemos muito e já colocamos em prática medidas para evitar problemas", completou.

Cyril Abiteboul, o diretor da Renault, também afirmou que não havia motivo para alarme ao falar das falhas apresentadas em Jerez. "Nós enfrentamos alguns problemas na pista. No entanto, todas as questões foram compreendidas. Alguns casos, inclusive, foram antecipados, por isso não sofremos grandes contratempos. Agora, é impossível dizer onde estamos com relação à concorrência, porque cada um andou com uma especificação diferente de pneus, combustível, planejamento e acerto, mas podemos dizer que o nosso nível de desempenho é o que esperávamos", afirmou o francês.

"Nós medimos muito precisamente tudo isso e os dados corresponderam aos que coletamos na pista. Entretanto, assim como os carros serão alterados até Melbourne, a nossa unidade de energia também será muito diferente daqui a um mês", encerrou.

O SOM AO REDOR
Tempos mais baixos, menos problemas e mais barulho. Dá para resumir assim, do ponto de vista dos motores V6 turbo, a semana de testes da F1 em Jerez de la Frontera, abrindo a pré-temporada de 2015. Introduzidas em 2014, essas unidades de força que atrelam sistemas híbridos ao motor de combustão interna vêm recebendo muitas críticas desde o princípio desta nova era.
 
Há cabos eleitorais fortes que pedem a mudança do regulamento — a alternativa mais defendida neste momento é a adoção de propulsores com 1000 cavalos de potência. Mas é incontestável como, com o passar do tempo, nota-se uma evolução.

Leia a matéria especial do CONTA-GIRO desta semana no GRANDE PRÊMIO. 

FORA DE NOVO
O momento da Force India não é bom. Após perder a primeira bateria de testes em Jerez, o time indiano está fora da segunda sessão de treinos coletivos, que acontece em Barcelona e corre o risco de perder a terceira também. A confirmação veio nesta sexta-feira (6) por meio do chefe-adjunto do time Bob Fernley à BBC, que citou a falência de Marussia e Caterham e a demora para assinar contrato para ter o túnel de vento da Toyota como principais fatores para o atraso na produção do VJM08.
 
Fernley garantiu que não há a menor possibilidade do VJM08 estar pronto para a segunda bateria de testes, agora em Barcelona, mas explicou que a intenção do time é ter o novo carro pronto para a última sessão de testes. 

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LARANJAS NA FRENTE
A Honda deixou claro desde o primeiro dia que não foi a Sepang de brincadeira. Uma das maiores fábricas de motocicletas do mundo, a marca fundada por Soichiro Honda chegou à Malásia com dez protótipos para serem testados por quatro pilotos nesta primeira semana da pré-temporada 2015 da MotoGP.
 
Bicampeão da classe rainha, Marc Márquez se desdobrou para testar três das quatro motos que tinha na garagem — uma foi descartada logo de cara —, mas o trabalho extra não tirou o brilho do catalão, que liderou o dia final de testes coletivos.

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