Ricciardo vê necessidade de “novo desafio” como motivo para troca de Red Bull por Renault

Daniel Ricciardo poderia seguir apostando as fichas na Red Bull, mas preferiu embarcar no projeto da Renault em 2019. O australiano reconhece que as duas opções trariam incertezas, preferindo então se comprometer com a que trazia um novo ambiente

Daniel Ricciardo busca, acima de tudo, uma mudança de ares na F1. Questionado sobre a decisão de deixar a Red Bull para assinar com a Renault, o australiano não quis apontar motivos concretos – no fim das contas, o que prevaleceu foi o desejo de encarar um “novo desafio” em um novo ambiente.
 
“Precisei pensar por bastante tempo, claro”, disse Ricciardo durante entrevista coletiva da F1 em Spa-Francorchamps. “Já estava sendo bombardeado com essas questões desde o anúncio de que o Max [Verstappen] renovou, o que colocou os holofotes contra mim. Tomei meu tempo e não foi uma decisão fácil de jeito nenhum. Acho que cheguei ao ponto em que me sentia pronto para uma mudança, pronto para um novo desafio e para conseguir uma nova motivação. Parece fácil falando assim, mas não foi fácil. Tive algumas noites em claro enquanto tentava achar a melhor solução para mim mesmo. Quando decidi puxar o gatilho comecei a me sentir mais confortável e pareceu a coisa certa para o próximo ano”, recordou.
 
Ricciardo parecia destinado a um novo acordo com a Red Bull após a renovação de Valtteri Bottas com a Mercedes. A situação virou de cabeça para baixo quando a Renault apresentou o projeto ambicioso de, através de investimentos grandiosos, voltar a lutar por vitórias e títulos na F1.
Daniel Ricciardo queria algo novo em 2019 (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

A situação na Renault, que nem sequer foi ao pódio desde o retorno ao grid em 2016, é incerta – assim como a da Red Bull, que aposta as fichas na Honda para o futuro. Risco por risco, Daniel preferiu apostar no diferente.

 
“Acho que existe muita incerteza com tudo. A mudança que vou fazer ano que vem certamente traz elementos de risco e incerteza”, reconheceu. “Nada ficou claro assim. Claro, a Honda ainda precisa provar que pode andar na frente, mas não houve um fator chave além de querer mudar a situação, sinceramente. Não foi uma questão de motores ou de dinheiro, foi realmente eu. São cinco anos de Red Bull, dez com a empresa, e é óbvio que foi incrível e ótimo. Mas senti que era hora de fazer algo novo, então foi assim que minha decisão aconteceu”, encerrou.
 
Ricciardo forma dupla com Nico Hülkenberg na Renault em 2019. Carlos Sainz Jr., sem espaço na equipe francesa, já está de contrato assinado com a McLaren, onde ainda não sabe quem será o companheiro de equipe.
 
A F1 volta às pistas nesse fim de semana, com a realização do GP da Bélgica.
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