Brawn cita Alonso e diz que Schumacher parou de correr “cedo demais”: “Seria octa”

Michael Schumacher parou de correr para valer ao final de 2012, antes do início da era híbrida e de domínio da Mercedes na F1. Se tivesse continuado com a equipe, teria sido campeão pela oitava vez, assegura Ross Brawn

O retorno de Michael Schumacher às pistas aos 41 anos levantou muitas discussões na ocasião sobre o quanto a idade poderia pesar no desempenho do heptacampeão, mas Ross Brawn acredita que o amigo teria conquistado o oitavo título caso tivesse permanecido por mais tempo. O ex-dirigente citou Fernando Alonso para exemplificar como é possível competir em alto nível na Fórmula 1 atual mesmo após os 40.

A primeira aposentadoria de Schumacher foi ao final da temporada 2006, quando ainda corria na Ferrari. O alemão, porém, surpreendeu o mundo ao aceitar formar o duo germânico da Mercedes — montadora alemã que comprou a Brawn GP ao final de 2009 — em 2010, junto com Nico Rosberg.

Foi uma volta muito celebrada, porém mais discreta que o esperado. Ao longo das três temporadas realizadas, Schumacher alcançou o melhor resultado no GP da Europa de 2012, quando cruzou a linha de chegada em terceiro. Ainda foi o mais rápido na classificação do GP de Mônaco naquele ano, mas perdeu cinco posições no grid por conta de um acidente na corrida anterior, na Espanha, com Bruno Senna.

Brawn falou com o jornal alemão Bild na semana em que o trágico acidente de esqui de Schumacher nos Alpes Franceses completou dez anos. Certo de que o amigo continuaria envolvido com a F1, porém nos bastidores, como dirigente, Ross lamentou o que hoje considera uma aposentadoria precoce de Michael.

Ross Brawn fez parceria dominante com Michael Schumacher na F1 (Foto: Reprodução/Twitter)

“Cada vez mais percebo que talvez ele tenha pendurado o capacete cedo demais”, analisou o britânico. “Ele plantou a semente do sucesso na Mercedes de 2010 a 2012. E Fernando Alonso prova ainda hoje, com uma idade semelhante à de Michael, que desempenhos a nível mundial também podem ser alcançados acima dos 40 anos”, acrescentou.

Em 2014, a Fórmula 1 passou por uma revolução em seus motores com o início da era híbrida, e foi justamente a Mercedes a equipe que dominou o cenário, conquistando oito títulos consecutivos entre os Construtores. É por isso que Brawn não tem dúvidas de que Schumacher seria campeão novamente se tivesse continuado a correr.

“Se Michael ainda estivesse ativo em 2014, ele poderia ter conquistado o título”, finalizou Ross.

A Fórmula 1 volta às pistas de 21 a 23 de fevereiro, com os testes coletivos da pré-temporada, no circuito de Sakhir, no Bahrein.

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