Sauber apoia ideia de teto orçamentário e prega ‘Revolução Francesa’ na F1 para ter “liberdade e igualdade”

Chefe da Sauber, Monisha Kaltenborn saiu em defesa da proposta de Max Mosley de introduzir um teto orçamentário voluntário em troca de liberdade técnica na F1. Dirigente avaliou que é hora de uma ‘Revolução Francesa’ no esporte

Lutando para acertar suas contas, a Sauber não tardou em sair em defesa da proposta de Max Mosley de dar liberdade técnica aos times da F1, mas limitá-los por meio de um teto orçamentário. A ideia do ex-presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) é encontrar um caminho para compensar os times frente àqueles que possuem um orçamento muitas vezes maior.
 
Chefe da Sauber, Monisha Kaltenborn apoiou Mosley e afirmou que tudo que a F1 precisa é liberdade e igualdade.
Monisha Kaltenborn afirmou que chegou a hora da 'Revolução Francesa' da F1 (Foto: Getty Images)
“Como time, nós sempre dissemos que o teto orçamentário é o único caminho”, disse Kaltenborn à publicação inglesa ‘Autosport’. “Isso nos leva para uma região saudável de quanto deveríamos estar gastando”, seguiu.
 
“Com a ideia do Max, ele fez o máximo para trazer o desafio técnico e de engenharia”, observou. “Não acho que tenha algum outro conceito que permita maximizar essa parte — que é a essência da F1”, frisou.
 
“A F1 é, primeiramente, sobre corridas, mas também sobre engenharia”, ressaltou.
 
Na visão de Kaltenborn, uma vez que a proposta de teto orçamentário do ano passado não funcionou, é hora de tentar algo mais radical, usando como base os ideais da Revolução Francesa.
 
“Max deu uma boa e interessante ideia e você precisa de visões hoje na F1”, afirmou Monisha. “Esse tipo de visão mostra que talvez você precise de uma espécie de Revolução Francesa no esporte, porque, na época, aquilo também foi sobre liberdade e igualdade”, lembrou.
 
“Talvez seja a hora de uma Revolução Francesa”, sublinhou.
 
No próximo dia 14, o Grupo de Estratégia da F1 vai se reunir para discutir eventuais mudanças no regulamento para aumentar o interesse dos fãs. Apesar de o grupo ter rejeitado uma proposta de teto orçamentário no ano passado, a chefe da Sauber acredita que desta vez até os times grandes podem aceitar um limite.
 
“Max propôs um teto orçamentário em 2009 e, curiosamente, os fabricantes aceitaram essa ideia depois”, recordou. “Eles viram a necessidade de levar o esporte a um nível que fosse financeiramente saudável. Isso se tornou a base do RRA (Acordo de Restrição de Recursos)”, concluiu.
A ARMADA ESPANHOLA

Carro-chefe da trilha sonora do Mundial de Motovelocidade nos últimos anos, o hino da Espanha anda um tanto sumido do campeonato. Nesse início de temporada, o país de Rafa Nadal, Enrique Iglesias e Fernando Alonso viu sua flâmula no topo do pódio apenas uma vez das nove possíveis, o que configura o pior início de ano para os espanhóis em uma década. Desde 2009, a Espanha passou pelas primeiras três etapas do calendário — contabilizando as corridas das três classes — com, pelo menos, quatro triunfos.

MORTO HÁ 21 ANOS

Por meio de um 'familiar', o GRANDE PRÊMIO conversou com o austríaco Rudolf Ratzenberger, pai de Roland, morto há 21 anos no mesmo final de semana que Ayrton Senna perdeu a vida na pista italiana de Ímola, o “gêmeo desigual”. Em relato, Rudolf revela os três maiores sonhos do filho e diz ter “lembrança honrosa” do brasileiro, que carregava uma bandeira da Áustria na Williams que bateu na Tamburello. "Faz 20 anos, e Roland vive ainda conosco"

FRUSTRAÇÃO E APOSENTADORIA

A frustração que vive neste momento na McLaren Honda pode ser a deixa para uma “compreensível aposentadoria" de Fernando Alonso na F1. A opinião é de Nelsinho Piquet, que dividiu a Renault com o bicampeão de 33 anos entre 2008 e 2009. "É frustrante, porque você é o melhor, mas anda em nono, décimo", disse Piquet. "Eu entenderia se ele decidisse se aposentar", completou o filho do tricampeão

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