É o fim da linha para o GP do México. Está definido que não haverá renovação contratual e, desta forma, a corrida deixa o calendário da Fórmula 1 após a edição de 2019. O novo governo federal mexicano, desde o começo do ano, já havia deixado claro que o futuro da corrida era uma enorme interrogação.
A informação foi divulgada pela filial mexicana da rede de TV ESPN. O veículo informa que não houve acordo entre o governo federal, a Corporación Interamericana de Entretenimento, promotora do evento, e o Liberty Media. Os promotores chegaram a pedir uma extensão do prazo para a negociação, mas mesmo assim não foram adiante.
A base da conversa era a necessidade do governo de Andrés Manuel López Obrador, presidente do país, desembolsar € 37 milhões – cerca de R$ 165 milhões -, algo que ele avisou meses atrás não estar inclinado a fazer.
"Não sei como está o contrato da F1, mas se não estiver assinado nós não vamos poder assinar. Alguns eventos foram financiados pelo fundo de desenvolvimento do turismo, e esse fundo está agora destinado à construção do Tren Maya", disse López Obrador em entrevista coletiva realizada em fevereiro.
Lewis Hamilton (Foto: Mercedes)
A Tren Maya – ou Trem Maia -, como foi apelidada a ferrovia, é um projeto de cerca de 3.600 km de extensão com a intenção de ligar passageiros a uma série de sítios arqueológicos e locais históricos por todo o país.
O diretor-executivo da Fórmula 1, Chase Carey, garantiu que o calendário para a temporada 2020 ainda está sendo desenvolvido, mas a provável saída do México casa com as entradas dos GPs do Vietnã e da Holanda, já confirmados.
"O calendário de 2020 não está terminado. Provavelmente vai demorar mais um ou dois meses. Ano passado nós terminamos em agosto, mas o objetivo agora é terminar até julho", afirmou.
A prova da Cidade do México retornou ao calendário da Fórmula 1 em 2015 após 23 anos de ausência.