Treinos livres na Hungria escancaram abismo de Hamilton e Mercedes em pista seca

A primeira sessão no Hungaroring viu o inglês ser líder com os pneus duros/brancos, ou seja, teoricamente os mais lentos do fim de semana. Na segunda, em pista molhada, mal treinou. Mas não há dúvida de que, em qualquer condição, Lewis é o favorito claro

O dia de treinos livres da Fórmula 1 em Budapeste pode ter até deixado a impressão de que a sexta-feira terminou com resultados inconclusivos e que dá para esperar um equilíbrio maior a partir de amanhã. Afinal, alguns pinguinhos foram registrados na manhã em Hungaroring, enquanto a atividade vespertina foi totalmente disputada com pista muito molhada. Choveu tanto à tarde, naquela que é a sessão mais importante do dia, que sequer Lewis Hamilton quis ter tempo cronometrado. A ponta da tabela também viu a liderança de uma Ferrari. Mas é pura ilusão. O traçado pode até ser outro, o clima, mas o fim de semana começa mesmo com a força de sempre.

Quando os carros foram à pista no primeiro treino, já havia uma sinalização de chuva para a tarde, mas a sessão foi realizada com pista seca em sua maior parte. E aí o carro preto esbanjou estabilidade, tração e velocidade. Mas o que chamou a atenção mesmo foi o desempenho do W11 pilotado por Hamilton. Usando o pneu duro – em tese, o mais lento da gama escolhida pela Pirelli –, o hexacampeão aproveito bem o clima mais frio para liderar a folha de tempos. Aliás, a baixa temperatura, na casa dos 19ºC e 26ºC no asfalto, também deu uma outra pista do bom uso do DAS – o inovador sistema de direção de eixo duplo da Mercedes. Com o auxílio do recurso, pareceu muito claro a facilidade com que o carro garantiu uma performance melhor dos compostos de identificação branca, especialmente diante das condições ambiente. Com o dispositivo, é possível controlar a temperatura dos pneus, ao mesmo tempo em que assegura eficiência tanto em reta quanto em curva.

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Lewis Hamilton comandou o primeiro treino livre do GP da Hungria (Foto: Pirelli)

No fim das contas, Hamilton obteve o melhor tempo em 1min16s003, 0s086 mais veloz que o companheiro Valtteri Bottas. O finlandês, no entanto, conquistou a marca andando de pneus médios amarelos. E para efeito de comparação, quem mais próximo chegou do desempenho dos carros pretos foi a Racing Point. Só que Sergio Pérez precisou de compostos vermelhos macios para ficar ainda 0s5 dos líderes. A Renault de Daniel Ricciardo ficou a 1s dos hexacampeões, enquanto a Ferrari mostrou um déficit de 1s2. Já a Red Bull teve problemas, apesar do uso excessivo dos pneus vermelhos.

E aí já dá para notar o tamanho da distância que o conjunto Hamilton-Mercedes tende a se impor para os rivais.

À tarde choveu bem no Hungaroring. E isso acabou por limitar o trabalho de muita gente. Mas houve quem quis testar o encharcado asfalto do circuito magiar. 13 pilotos fecharam o dia com tempos cronometrados. O mais rápido foi Sebastian Vettel. Se pela manhã a equipe italiana seguiu avaliando as peças novas do tão aguardado pacote de atualizações – que ainda não veio inteiro –, no segundo treino, o tetracampeão mostrou alguma evolução, embora a SF1000 ainda pareça instável em demasia. Charles Leclerc reclamou da parte traseira e ficou a mais de 3s do companheiro de equipe, em décimo.

Ainda assim, acabar o dia na ponta é sempre um motivo de alívio, ainda que ilusório no caso dos ferraristas, atacados durante toda a semana, depois do malfado GP da Estíria.

Sebastian Vettel acabou por liderar o segundo treino livre na Hungria (Foto: Ferrari)

Enquanto Hamilton sequer saiu à pista para marcar tempo – no fundo, realmente nem precisava e ainda poupou pneus -, Bottas foi o homem da Mercedes no molhado, andando pouco mais de 0s2 atrás de Vettel. Carlos Sainz ainda colocou a McLaren em terceiro, melhor que os dois carros da Racing Pointo. Desta vez, Lance Stroll foi melhor que Pérez. Max Verstappen, por sua vez, encontrou também problemas à tarde.

Uma vez mais, o RB16 se mostrou arisco nas mãos do holandês, que se queixou muito da estabilidade e da falta de tração. Duas características importantes em um circuito travado como esse da Hungria. Apesar disso, a Red Bull se dedicou a uma série de testes de partes aerodinâmicas.

De qualquer jeito, a previsão do tempo para Budapeste permanece instável. Há a chance de 60% de chuva para a classificação deste sábado, assim como no domingo. O clima ainda segue frio. Tudo do jeitinho que o W11 e Hamilton apreciam. E desta vez, parece que nem uma condição altamente adversa pode parar essa Mercedes assustadoramente melhor.

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