Villeneuve critica e entende que FIA precisa rever regras para acionamento do safety-car em casos de acidente

Jacques Villeneuve, campeão do mundo de 1997, afirmou que a FIA precisa rever as regras para a entrada do safety-car na pista. O canadense entende que, sempre que acontecer um acidente, é imperativo que o carro de segurança seja acionado

Campeão do mundo em 1997 e hoje comentarista da TV italiana, Jacques Villeneuve entende que a FIA precisa urgentemente mudar o protocolo de acionamento do safety-car durante as corridas, especialmente depois do acidente sofrido por Jules Bianchi no último domingo.

A corrida em Suzuka teve o fim antecipado em seis voltas depois que o francês escapou na curva 7 e foi de encontro ao trator que retirava o carro de Adrian Sutil, que saíra do traçado pouco antes. Naquele momento da prova, chovia forte, e alguns pilotos já tinham optado pela troca para pneus de pista muito molhada.

O piloto da Marussia ficou gravemente ferido no acidente. Jules sofreu traumatismo craniano e segue internado na unidade de cuidados intensivos do Hospital Geral de Mie, próximo da Suzuka. O estado de saúde do jovem ainda é bastante crítico.

Jacques Villeneuve, campeão de F1 em 1997, questionou as regras do safety-car (Foto: Getty Images)

O safety-car, entretanto, foi chamado à pista depois da batida de Bianchi. Mas o canadense acredita que o veículo de segurança deveria já ter entrado logo depois do incidente com Sutil, principalmente devido a necessidade de se mover a Sauber da área de escape. "É preciso mudar as regras a respeito do safety-car", afirmou.

"Quando eu estava correndo, e mesmo depois disso, eu sempre disse que, toda vez que acontecer um acidente, o safety-car deveria entrar. Não deve haver espaço para julgamentos. É simples. Se precisa tirar um carro, então é preciso chamar o veículo de segurança. Se tem um acidente, é a mesma coisa. Já deveria ser assim há muito tempo. Nos EUA, isso já existe desde sempre", completou.

Jacques ainda acredita que, apesar da reação negativa quanto à entrada do safety-car, já que alguns críticos entendem que a intervenção tira o brilho da corrida muitas vezes, o risco de um carro bater em outro é muito maior, e isso deve ser sempre levado em consideração. "O problema é que toda vez que a FIA coloca na pista o carro de segurança, os fãs e os críticos acham ruim, se queixam e dizem que estraga a corrida."

"Sim, às vezes, o safety-car minimiza as brigas de pista, mas, pelo menos, evita casos como o de hoje, e você evita o aspecto humano de tomar a decisão. Sempre que estive na pista, o meu medo maior era de que, em um acidente, alguém batesse em mim. Eu realmente não gosto de bandeiras amarelas. Todos desaceleram, mas quanto? Eu até estou espantado que isso não tenha acontecido antes. Acho que, na verdade, apenas tivemos sorte", explicou.

As imagens do GP do Japão
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