Petecof fala sobre salto e jornada interrompida na F2: “Minha única opção era a Campos”

Após sair campeão da Fórmula Regional Europeia em 2020, o brasileiro Gianluca Petecof garantiu os 40 pontos necessários da superlicença — documento que permite fazer parte de uma corrida na Fórmula 1 — e partiu para a Fórmula 2 pela Campos Racing. Só que depois de apenas seis corridas, o jovem piloto precisou interromper sua jornada na categoria pela falta do combustível financeiro.

O paulista participou no último fim de semana da Corrida de Duplas, primeira etapa da Stock Car 2022. Petecof foi titular da Full Time, por enquanto, só para este primeiro evento. Quando questionado pelo GRANDE PRÊMIO a respeito dos acontecimentos de 2021, ele explicou o salto para a F2.

“Acho que o que muitas pessoas não sabem é que, em 2021, a única opção para eu correr era na Campos pela Fórmula 2. Claro que o salto natural seria a F3, adoraria correr por lá e brigar por títulos. Não era o plano, mas surgiu a oportunidade na Campos e eu preferi encarar este desafio a ficar no sofá. Pude ter uma ótima experiência, mas com nuances importantes”, disse ele.

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“Você pula de um carro de 260 cv, com pneus que não se degradam tanto, para um carro de 600 cv, além de potência, o nível de pilotagem. Corri em Mônaco, cresci muito na carreira, mas não foi o trajeto ideal de fato. A equipe era ótima, todos muito profissionais, enfim, foi um ponto legal na carreira, mas vou seguir em outra direção”, continuou.

Também em entrevista ao GRANDE PRÊMIO no ano passado, Gianluca disse que pretendia lutar para voltar ao caminho natural, ou seja, a Fórmula 3, e buscar patrocínio suficiente retornar às pistas. Mas, em nova declaração, o piloto de 19 anos comentou que seu caminho não se rende apenas à Europa. Para ele, há outras oportunidades de trilhar caminhos brilhantes.

“Acho que 2022 vai ser um ano de mudanças de trajetória, são muitos anos na Europa, nas categorias de base. Mesmo com o título da FRECA em 2020, as coisas não aconteceram como esperava. Na Europa, você depende 100% de um apoio financeiro e a situação não está das melhores, não só pela pandemia, mas por muitos motivos resolvi sair da Europa por agora. Acredito que muitos pilotos conseguiram carreiras fantásticas fora da Fórmula 1, seja nas categorias de endurance, Estados Unidos, Ásia. Esse é o meu objetivo e vou lutar por isso”, concluiu.

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