FE nega mudança no formato da classificação após trapalhada em Berlim: “Queremos isso”

Alberto Longo, um dos fundadores da categoria e atualmente diretor-executivo-adjunto, afirmou que criar dificuldades extras como as que os líderes vivem no treino classificatório é meta para a Fórmula E

A penúltima classificação das seis realizadas em Berlim, na sequência que encerrou a temporada Fórmula E, contou com um momento digno de ‘Os Trapalhões’: os líderes do campeonato demoraram a sair para o primeiro grupo a marcar voltas rápidas e acabaram sem abrir o giro lançado. Mudança, então? Segundo a Fórmula E, nem pensar. A categoria gosta de coisas assim.

Quem falou foi um dos fundadores e atual diretor-executivo-adjunto Alberto Longo, segundo o qual a FE “nasceu para dificultar as coisas para engenheiros e pilotos”. Desta forma, não haverá troca no formato baseado num erro das equipes e dos pilotos.

“Para ser completamente honesto, amamos a ideia dos líderes do campeonato saindo primeiro, onde sabemos que a pista estará mais lenta. É muito difícil entrar na Superpole, e é exatamente isso que queremos. O que aconteceu em Berlim foi um enorme erro de algumas equipes e pilotos. Nosso sistema facilita esses erros? Sim. É isso o que queremos? Sim”, afirmou ao site inglês ‘The Race’.

De acordo com Longo, mudanças naturalmente acontecerão no futuro da categoria. Mas somente quando acreditar que algo funcione melhor. Atualmente, os quatro grupos da classificação são definidos de ordem proporcional à tabela do campeonato, com os líderes saindo na frente, quando a pista ainda está em piores condições.

“Estamos sempre em busca de melhorar nosso produto, obviamente, e eventualmente faremos isso, mas não por causa do que aconteceu em Berlim. Precisamos continuar criando formatos que são difíceis para os engenheiros que fazem o trabalho de simular, simular e simular. A surpresa é muito importante para o esporte, torna as corridas divertidas”, afirmou.

Apesar de dificultar quem trabalha melhor, a maioria das equipes é a favor do formato que, no fim, ajuda a equilibrar a ordem de forças.

“Claro que sempre haverá momentos em que você é punido pelo formato da classificação, mas há também o posto: momentos em que você tira vantagem disso”, afirmou o chefe da Mercedes, Ian James.

“Todos estão na mesma, no fim das contas. Aumenta a diversão. Eu, no momento, não estou dizendo que precisa mudar”, apontou.

Mark Preston, chefe da atual bicampeã de Equipes DS Techeetah, concordou.

“É bom porque mexe com tudo e deixa dinâmico. Os pilotos que realmente brilham são aqueles que, quando têm a oportunidade de entrar na Superpole, aproveitam e vencem”, finalizou.

Com António Félix da Costa campeão, a Fórmula E retorna apenas em janeiro do ano que vem.

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