Fórmula E impõe limite de energia para forçar gerenciamento em Londres e altera traçado

Na penúltima etapa da temporada, Fórmula E novamente impôs limite de energia para forçar gerenciamento de bateria em Londres e definiu traçado com uma importante alteração

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A Fórmula E caminha para o encerramento da temporada já no mês de agosto, mas ainda tem quatro corridas pela frente até que se conheça o grande campeão de 2022. Stoffel Vandoorne, Edoardo Mortara e Mitch Evans seguem na briga — que tem Jean-Èric Vergne correndo por fora —, e a penúltima parada da categoria será no próximo final de semana, na modificada pista de Londres, que novamente vai receber uma limitação da FIA em relação ao uso de energia dos pilotos.

O traçado da ExCel Arena já havia sido modificado antes da realização da corrida no ano passado, mas passou por uma nova alteração — consideravelmente menor — para receber a categoria em 2022. A principal mudança fica por conta da curva 10, que representava uma sequência de curvas fechadas até o ano passado — o ponto mais criticado da pista — e vai passar a ser uma chicane dupla, com uma virada à direita e outra à esquerda.

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Trecho de curvas estreitas do segundo setor passou por mudanças e foi retirado em Londres (Foto: FIA Fórmula E)

Ao todo, a pista possui 22 curvas ao longo de pouco mais de 2 km de extensão, além de uma zona de descida entre as curvas 5 e 6 e outra de subida entre a 20 e a 21. No ano passado, Jake Dennis levou a melhor na corrida 1 ao superar o pole — e acidentado — Vandoorne, enquanto Alexander Lynn triunfou na segunda disputa do final de semana.

Apesar das mudanças, o traçado da pista de Londres ainda traz calafrios aos pilotos, temerosos de uma repetição do que aconteceu em 2021: uma quantidade absurda de acidentes, que inclusive sepultaram as chances de Vandoorne conquistar seu primeiro título da categoria no ano passado.

“Nós vimos muitos carros indo ao encontro uns dos outros e muitos detritos na pista em Londres, no ano passado”, afirmou o atual líder do campeonato. “Espero que isso não se repita, e não sei se o gerenciamento de energia vai ser muito modificado para essa pista”, avaliou Vandoorne.

“Espero que seja mais desafiador, porque Londres foi uma das mais fáceis para se gerenciar, vamos dizer. Acho que vai depender da FIA, o que eles propuserem para a redução de energia”, ressaltou. “No ano passado, reduziram um pouco, mas acho que precisam dar um passo à frente”, opinou.

O novo traçado do eP de Londres, sem as curvas fechadas do segundo setor (Foto: Fórmula E)

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A redução a que Vandoorne se refere tem a ver com as características da pista de Londres: ainda que a potência total das baterias dos carros da Fórmula E — também chamadas de Rechargeable Energy Storage System (RESS) — chegue a 250 kW, a quantidade máxima de energia que a bateria consegue transferir ao MGU é de 52 kWh.

Como essa quantidade seria mais do que suficiente para os pilotos concluírem a corrida em Londres sem precisarem se preocupar com a economia de energia, a Fórmula E decidiu limitar esse valor a 48 kWh, de forma a tornar crucial o gerenciamento da bateria ao longo da corrida — como tem sido ao longo de toda a temporada.

“O que vimos foi o nível máximo de desempenho dos carros, com mais potência disponível, então abaixamos a energia disponível um pouco”, afirmou Frederic Bertrand, diretor-esportivo da Fórmula E. “Queremos garantir que vamos ter o gerenciamento de bateria e uma boa corrida, então sim, é parte disso”, completou.

Alto número de incidentes foi motivo de reclamações após a última corrida (Foto: FIA Fórmula E)
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