Vergne vê sorte como “fator grande demais” com Pit Boost na Fórmula E: “É frustrante”

Jean-Éric Vergne se mostrou preocupado com a sorte sendo um grande fator das corridas da Fórmula E com a introdução do Pit Boost, que está para acontecer no eP de Jedá

Após muitos testes e uma grande espera, a Fórmula E enfim está pronta para estrear o Pit Boost. A novidade vai ser introduzida no eP de Jedá, na Arábia Saudita, no dia 14 de fevereiro, no mesmo local onde a Fórmula 1 corre. No entanto, a volta dos pit-stops na categoria de monopostos elétricos não está animando a todos, em especial Jean Éric Vergne

O piloto da DS Penske se mostrou preocupado com o fator sorte, que pode desempenhar um grande papel durante as janelas de pit-stops. A expectativa é de que a parada, que vai oferecer uma recarga de 10% da bateria a 600 kW, dure cerca de 30s. Com isso, Vergne teme que o longo período parado nos boxes possa comprometer a corrida de muitos caso o safety-car seja acionado. 

Portanto, o bicampeão da Fórmula E espera que o tempo de parada seja reduzido para evitar que a sorte desempenhe um papel tão significante na hora dos pit-stops. Ao mesmo tempo que a corrida dos líderes pode acabar por conta do timing de uma bandeira amarela, Vergne também destaca que a prova de outros pode ser salva por conta da sorte na hora de entrar nos boxes. 

“O desconhecido será um grande fator. Sabemos que várias coisas vão acontecer a partir do momento em que a janela de pit-stops abrir. Aqueles que pararem vão começar a pressionar para tentar fazer o undercut, aqueles que ficarem mais tempo na pista tentarão não ser ultrapassados pelos que pararam”, analisou. 

Jean-Éric Vergne está preocupado com a introdução do Pit Boost (Foto: Simon Galloway/LAT Images/Fórmula E)

“Os pit-stops são relativamente longos. Em algumas pistas, é possível que fiquemos uma volta atrás, então espero que a FIA e a Fórmula E consigam garantir que os pit-stops sejam um pouco mais curtos, para que a corrida continue compreensível, porque, se o líder sair dos pits uma volta atrás e houver um safety-car, pode ser um pouco complicado”, opinou. 

“A sorte está se tornando um fator um pouco grande demais. Até o safety-car vai ser um fator ainda mais importante durante os pit-stops. Imagine que um piloto pare por último e, nesse momento, haja um safety-car. Ele vai ganhar uma parada grátis e sair 30s à frente de todo mundo”, continuou Vergne. 

No entanto, o francês não critica apenas o Pit Boost. Nesta temporada, nas primeiras duas rodadas, o Attack Mode foi um dos principais assuntos por conta do impacto que está tendo nas corridas. 

Com a tração integral sendo introduzida no Gen3 Evo e acionada durante o modo ataque, os carros estão ganhando um empurrão ainda maior quando acionam o Attack Mode em 2024/25. 

Pit Boost será adotado na Fórmula E a partir do eP de Jedá (Foto: LAT/Fórmula E)

Porém, para Vergne, a sorte também está sendo um fator muito grande na hora de acionar o modo. No caso, o francês se encontrou do lado ruim dessa sorte nas duas primeiras provas, no Brasil e no México, onde terminou em nono e quinto, respectivamente. 

“Isso aconteceu comigo duas vezes seguidas, em São Paulo e no México. Quando se ativa o Attack Mode e, logo depois, há uma bandeira amarela, o Attack Mode de 6 min que tinha planejado é arruinado”, afirmou. 

“Se for azarado e ativar no momento errado da corrida, isso sai bem caro. Quando se está trabalhando como todos nós fazemos, perseguindo os últimos milésimos de segundo, tentando maximizar as corridas, a sorte sendo um fator tão grande é um pouco frustrante, especialmente quando se está do lado ruim. Acho que existem soluções para resolver esse problema, mas vamos ver quando serão implementadas”, concluiu. 

Fórmula E retorna nos dias 14 e 15 de fevereiro, justamente com a primeira rodada dupla da temporada, com corridas no circuito de rua de Jedá, na Arábia Saudita, que substitui a antiga pista de Diriyah. O GRANDE PRÊMIO faz cobertura completa do evento e transmite todas as atividades AO VIVO e COM IMAGENS pelo YouTube.

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