Di Grassi brilha e vence eP de Berlim 1 em ‘photofinish’ com Mortara
Lucas Di Grassi passou a primeira metade da corrida apenas esperando atrás da dupla da DS Techeetah. Na segunda, com ótima estratégia de uso do modo ataque, ganhou posições e venceu em Berlim. O brasileiro segue na luta pelo bi da Fórmula E
O sábado (14) parecia destinado a terminar com dobradinha da DS Techeetah. Eis que, em uma corrida frenética, tudo mudou: o primeiro eP de Berlim do fim de semana terminou com vitória de Lucas Di Grassi, que acertou em cheio a estratégia de acionamento do modo ataque.
O brasileiro conseguiu usar o acionamento bem melhor do que Jean-Éric Vergne e António Félix da Costa, que despencaram. Restou a Di Grassi apenas superar Edoardo Mortara e Norman Nato, dupla da Venturi, para vencer a segunda no ano.
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O auge da briga pela vitória veio justamente na última volta. Di Grassi sofreu grande pressão de Mortara, que chegou a ficar lado a lado na reta de chegada. O suíço chegou a ensaiar ultrapassagem, mas perdeu em um raro ‘photofinish’ da Fórmula E.
Mitch Evans completou o pódio, mas bem atrás dos dois primeiros. Nato salvou um quarto lugar, seguido por Jake Dennis. Jean-Éric Vergne e António Félix da Costa não se recuperaram, terminando em frustrantes sexto e sétimo. A zona de pontos teve ainda Maximilian Günther, René Rast e André Lotterer.
Sérgio Sette Câmara, outro brasileiro do grid, teve um dia apagadíssimo. O brasileiro passou a corrida inteira fora da zona de pontos, sem dar sinais de que tinha velocidade para chegar lá. O 18° lugar é ruim, mas ainda é melhor do que o 22° lugar de Nyck de Vries, líder do campeonato.
Saiba como foi o eP de Berlim 1:
A primeira corrida do fim de semana em Tempelhof seria com sol forte, mas agradáveis 26°C. O céu azul no coração de Berlim era garantia de uma prova com pista seca.
Vergne, pole, manteve a primeira posição na largada. Da Costa não atacou muito, seguindo em segundo. A zona de pontos tinha poucas mudanças, ficando ainda com Di Grassi, Mortara, Nato, Evans, Buemi, Rowland, Wehrlein e Dennis.
Os pilotos estavam agressivos na pilotagem, mas conseguiram evitar acidentes. A única vítima da primeira volta foi Blomqvist, tocado por trás e forçado a abandonar.
A corrida nas primeiras posições era estratégica. Vergne não forçava muito o ritmo, talvez por preferir economia de energia. Da Costa, 0s5 atrás, não vinha para cima, apenas respeitando o companheiro.
Foram necessárias seis voltas até que o modo ataque foi acionado pela primeira vez. Lotterer e Sims o fizeram, tentando ir além de 15° e 16°. O mecanismo renderia oito minutos de potência extra, com acionamento único no eP.
O modo ataque logo virou um fator também no top-10. Buemi e Rowland acionaram a potência extra e voltaram ao traçado brigando por posição com Wehrlein. O piloto da Porsche tentou se defender, mas acabou com o pneu traseiro esquerdo furado. Bird, quase ao mesmo tempo, teve problema mecânico e estacionou na pista. O safety-car foi necessário.
A relargada foi dada três voltas depois. Os líderes seguiam colados, mas sem ultrapassagens ou acionamentos do modo ataque. A metade da corrida se aproximava, e com o seguinte top-10: Vergne, Da Costa, Di Grassi, Mortara, Nato, Evans, Dennis, Rowland, Rast e Günther. René era quem mais fazia ultrapassagens.
Rast, voando com o acionamento do modo ataque, seguia voando. O alemão engoliu uma série de pilotos em um curto espaço de tempo, virando o quarto colocado. Só que a ultrapassagem mais importante acontecia na frente: Da Costa superou Vergne, que começou a despencar. O francês perdeu posições também para Di Grassi, Rast e Mortara, virando o quinto colocado.
A corrida da DS Techeetah parecia sair de controle. Da Costa também perdeu posições para a dupla da Audi, que ficava com Di Grassi e Rast em primeiro e segundo. Não estava claro se era perda de desempenho ou consequência de não usar (ainda) o modo ataque.
A liderança de Di Grassi foi breve, já que o brasileiro também teve de acionar o modo ataque. Mortara e Nato formavam uma dobradinha da Venturi em uma corrida progressivamente mais frenética.
Mortara e Nato logo ficaram sem mais modo ataque. Di Grassi ainda tinha e ficava em posição favorável na briga pela vitória. Na volta 27, Lucas virou líder como quem tira doce da mão de criança.
A briga, entretanto, ainda era intensa pelas outras posições do pódio. Mortara passava a ser seguido por Evans, que superou Nato. Dennis, Vergne, Da Costa, Günther, Rast e Lotterer fechavam a zona de pontos.
Enquanto Evans e Nato brigavam, Di Grassi e Mortara disparavam na liderança. O brasileiro não tinha tanta velocidade assim sem o modo ataque, abrindo caminho para uma briga boa entre os dois. O suíço pressionou e, mesmo quase ultrapassando na última volta, teve de se contentar com o segundo lugar.
Fórmula E 2021, eP de Berlim, Alemanha, Corrida 1:
1 | L DI GRASSI | Audi | 38 voltas | |
2 | E MORTARA | Venturi Mercedes | +0.141 | |
3 | M EVANS | Jaguar | +5.499 | |
4 | N NATO | Venturi Mercedes | +5.589 | |
5 | J DENNIS | BMW | +5.830 | |
6 | J.E VERGNE | DS Techeetah | +6.411 | |
7 | A.F DA COSTA | DS Techeetah | +6.777 | |
8 | M GÜNTHER | BMW | +7.562 | |
9 | R RAST | Audi | +7.798 | |
10 | A LOTTERER | Porsche | +14.124 | |
11 | S BUEMI | Nissan | +15.546 | |
12 | S VANDOORNE | Mercedes | +16.214 | |
13 | O ROWLAND | Nissan | +16.814 | |
14 | N CASSIDY | Virgin Audi | +16.917 | |
15 | R FRIJNS | Virgin Audi | +21.278 | |
16 | J ERIKSSON | Dragon Penske | +23.666 | |
17 | A SIMS | Mahindra | +29.019 | |
18 | S. SETTE CÂMARA | Dragon Penske | +30.962 | |
19 | O TURVEY | NIO | +33.199 | |
20 | A LYNN | Mahindra | +33.438 | |
21 | P WEHRLEIN | Porsche | +33.781 | |
22 | N DE VRIES | Mercedes | +1 volta | |
23 | T BLOMQVIST | NIO | NC | |
24 | S BIRD | Jaguar | NC |