De Vries admite processo de adaptação e vê Mahindra abaixo: “Aceitamos esta limitação”

Nyck de Vries falou sobre as dificuldades de adaptação ao Gent3 e os problemas gerais da Mahindra antes do eP de São Paulo. Piloto neerlandês corre no Brasil pela primeira vez

Campeão da temporada 2021-22 da Fórmula E, Nyck de Vries vive um processo curioso no retorno à categoria. Depois de uma passagem frustrada pela Fórmula 1 em 2023, o neerlandês voltou para o campeonato que o consagrou, agora pela Mahindra, mas ainda não se encontrou. Foram três corridas até aqui e as três foram sem pontuar.

Às vésperas do eP de São Paulo, Nyck conversou com o GRANDE PRÊMIO com exclusividade e falou sobre o processo de adaptação ao Gen3. O neerlandês conquistou o título da Fórmula E ainda na era do Gen2 e deixou a categoria justamente na entrada do novo bólido. Depois de resultados inexpressivos no México e na Arábia Saudita, a expectativa é maior no Brasil.

“Acho que ainda estou em um processo de adaptação. Tivemos dois fins de semana de corrida, três provas. Você viu as corridas no vácuo, em pelotão, principalmente no fim do ano passado, e até agora não vimos essas corridas porque as provas que tivemos simplesmente não eram muito sensíveis em relação à energia. Mas achamos que este fim de semana será um dos primeiros assim, então vai fazer minha primeira vez experimentando esse tipo e estilo de corrida, que requer um pouco mais de tática e timing, eu diria. Tirando isso, o carro é um pouco diferente, você tem um motor na frente que desacelera nas frenagens, então você praticamente faz toda a frenagem com os motores elétricos. Os pneus são mais duros, então há algumas coisas básicas que são diferentes e que ainda não experimentei, as provas que todo mundo estava falando ano passado”, afirmou De Vries.

O eP de São Paulo de 2023 foi vencido por Mitch Evans e se destacou como uma das melhores corridas da última temporada pelo equilíbrio e as várias trocas de liderança. A diferença entre Evans e o terceiro colocado Sam Bird foi de apenas 0s507.

Nyck de Vries (Foto: Fórmula E)

“Você pode dizer que há dois lados. Em uma corrida em que o gerenciamento de energia é menos importante, se você conseguir se classificar bem, como o Sergio fez na primeira corrida na Arábia Saudita, ele conseguiu terminar em nono e marcar alguns pontos. Obviamente, se nos classificarmos aqui na frente, será difícil nos mantermos com os líderes. Dito isso, quando você tem essas corridas de pelotão, há um pouco mais de oportunidades, há mais ultrapassagens, isso abre a corrida um pouco mais. Então, por um lado você tem mais oportunidades neste tipo de prova, por outro, a eficiência é muito importante e, se você classificar na frente em uma corrida com pouco gerenciamento de energia, você consegue se manter ali”, seguiu.

O início ruim não fica apenas com Nyck. A Mahindra atualmente é a penúltima colocada no campeonato, já que o suíço Edoarto Mortara também não pontuou. O gerenciamento de energia da equipe indiana tem sido um dos déficits no desempenho até aqui, e De Vries admitiu que o hardware da equipe não é tão eficiente.

“Acho que acaba sendo a mesma coisa. Normalmente o gerenciamento de energia e o ritmo de corrida andam lado a lado. Fundamentalmente, o nosso hardware não é tão eficiente quanto o dos nossos competidores. Temos estatísticas e números em que podemos ver que não somos tão fortes quanto outras montadoras e outros trens de força. Então aceitamos essa limitação. Mas em classificação, essa diferença deveria ser pequena, porque a potência tem uma influência menor. Mas acho que, no momento, ainda estamos trabalhando em melhorar mais nosso software para ser eu diria mais consistente e robusto em qualquer cenário, porque estamos correndo ainda em pistas complicadas e temos muito pouco tempo de pista. Tudo é muito próximo e competitivo, então ter consistência do carro é chave para o piloto extrair o máximo, do contrário você sempre vai achar algo diferente”, concluiu.

Fórmula E retorna agora entre os dias 15 e 16 de março, com o eP de São Paulo, que terá cobertura ‘in loco‘ do GRANDE PRÊMIO. O GP é emissora oficial da Fórmula E no Brasil e transmite todas as atividades de pista AO VIVO e COM IMAGENS no YouTube e no Kwai.

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