Filho de ex-F1, Palmer acerta volta rápida e fica com pole no Bahrein. Nasr larga em oitavo

Confira como foi o treino classificatório da GP2 no Bahrein

 

Os carros foram à pista assim que o relógio permitiu, ao bater 14h (de Brasília). O norte-americano Alexander Rossi liderou a fila de famintos para a pista a bordo de sua Caterham em meio a bastante expectativa, já que nos testes de pré-temporada, na mesma Sakhir, ele e seu companheiro, Rio Haryanto haviam colocado a equipe no topo dos tempos em dois dos três dias. Porém, antes que Rossi pudesse completar sua primeira volta rápida, o novato Axcil Jefferies escapou sozinho e fez a primeira barbeiragem da temporada rodando com estilo.

 

Antes das primeiras voltas rápidas, porém, o que mais chamou a atenção foi a quantidade de faíscas que os carros de Felipe Nasr – que estreou pela Williams no primeiro treino livre desta sexta-feira (4) – e Julián Leal faziam ao triscar o chão, de tão baixos que estavam as duas máquinas da Carlin. 

 

E, então, os tempos começaram a sair. Stoffel Vandoorne, novato belga da ART, mostrou-se confortável no comando de seu primeiro monoposto da GP2. Aos 22 anos, deu uma clara amostra do porquê já ter uma carreira de relativo sucesso, com títulos da F4 1.6 Europeia e F-Renault 2.0 Europeia, e completou volta muito veloz mesmo escapando na última curva. O erro, entretanto, custou, já que Mitch Evans, que havia sido o melhor no treino livre, se aproveitou para fazer o melhor tempo segundos depois.

Daniel Abt foi quem acertou a mão, e com 1min39s073, deve ter se enchido de esperanças, após em 2013 esquecível de tudo, quando chegou com as credenciais de vice-campeão da GP3 e terminou o campeonato sem brilho no capacete e com míseros 11 pontos na tabela. Felipe Nasr seguiu com bom giro, mas apenas a quarta colocação. Assim, com todos os carros indo aos boxes, o alemão terminou o trecho inicial na ponta.

 

A fase final iniciou com a saída de Simon Trummer do pit, quando restavam pouco mais de 12 minutos para o fim do baile. Alexander Rossi foi o primeiro a colocar boas parciais no cronômetro, mas foi obrigado a voltar, devido a uma bandeira vermelha, e #infelizmentenãodeu para o piloto da Caterham, que terminaria apenas numa distante 15ª posição, enquanto Haryanto anotaria o quinto tempo.

O culpado foi o estreante russo Artem Markelov, que já brigava com o carro da RT desde o começo, tendo o pior tempo entre os 26 na pista. O russo perdeu o carro da equipe russa, rodou e ficou na pista. Há boatos de que Vladimir Putin teria oferecido o rapaz à Ucrânia em troca da Crimeia. 

 

A parada causada pelo erro de Markelov não foi, assim, tão grande – apenas três minutos – mas obrigou que todos voltassem aos boxes para recomeçar o processo na pista, com duas voltas antes de soltar o relógio novamente. Quando tudo voltou a ser como dantes no reino de Abrantes, Jolyon Palmer, que vinha apenas comboiando os mais velozes, na sexta colocação, cravou um temporal, 1min38s865, e a primeira colocação.

 

Vandoorne e Nasr seguiram com sua melhores duas primeiras parciais. O piloto de testes da McLaren seguiu, baixou a casa do 1min39s, fez 1min38s895, segundo tempo, cerca de 1s6 à frente do companheiro Takuya Izawa, que amargou o 23º posto. O belga, porém, ainda pode perder posições, já que os comissários ficaram de investigar após a classificação um incidente em que o novato excedeu os limites da pista. O reserva da Williams acabou se envolvendo num prooblema Johnny Cecotto Jr. no trecho final, sendo obrigado a abortar a missão com direito a gestos não muito amigáveis de dentro do cockpit, e se contentar com a décima posição. Os comissários também informaram que investigariam ao fim do treino.

O treino terminaria com mais um carro na direção contrária, o #20 de Daniël de Jong, já com o cronômetro zerado. Pole-position para Jolyon Palmer, vencedor de duas corridas em 2013 e uma em 2012. É a segunda pole do britânico na categoria.