Lewis Hamilton é conhecido por seu enorme talento e tamanho dentro da Fórmula 1. Entretanto, tem se posicionado cada vez mais em importantes assuntos como o racismo e a falta de diversidade na categoria. Assim, o inglês se tornado cada vez maior, maior até mesmo que o próprio esporte

Lewis Hamilton já se consagrou como um dos maiores – se não o maior – pilotos da Fórmula 1. Dominando o esporte nos últimos anos, tem estado em sua melhor forma e caminha para empilhar ainda mais recordes e títulos na categoria.

Entretanto, nos últimos tempos, o hexacampeão tem mostrado não estar apenas preocupado com sua carreira. Bastante influente e ciente de seu tamanho – não apenas esportivamente falando, o britânico tem dado voz a diversos assuntos relevantes como sustentabilidade, diversidade e racismo.

O último exemplo foi a crítica aberta que fez em relação aos protestos por conta da morte de George Floyd, no último dia 25. O inglês postou em suas redes sociais um texto em que criticou os colegas do automobilismo por terem omitido qualquer opinião. Depois, pilotos e equipes mostraram apoio.

Pensando em como Hamilton tem ultrapassado as barreiras do esporte, o GRANDE PREMIUM juntou dez vezes que o piloto se posicionou em tópicos de importância mundial.

 

GEORGE FLOYD

O caso mais recente de posicionamento de Hamilton não poderia ser outro que não fosse o da morte do estadunidense Floyd, morto pelo policial Derek Chauvin. Em sua conta pessoal, o piloto postou imagens da violência policial nos EUA com o texto “vocês são uma desgraça”.

Mas não parou por aí. Ao se deparar com o silêncio do mundo do esporte a motor em relação aos protestos norte-americanos e toda a repercussão mundial, não deixou barato. “Sou um dos únicos negros lá e estou sozinho. Eu pensava que agora vocês veriam o que acontece e diriam algo sobre isso, mas vocês não podem ficar ao nosso lado. Só sei que sei quem vocês são e estou vendo tudo isso”.

 

(O post de Hamilton por após a morte de Floyd (Foto: Reprodução))

 

CRÍTICAS AO DINHEIRO

A temporada 2020 da Fórmula 1 ficou a um passo de acontecer. No início de março, o mundo já estava mergulhado no medo trazido pelo Covid-19, com diversos países adotando a quarentena.

A categoria, entretanto, mostrou grande desejo de seguir com a corrida na Austrália – a portões abertos. A atitude foi duramente criticada pelo #44. “Estou muito, muito surpreso por estarmos aqui. É ótimo termos corridas, mas, para mim, é chocante estarmos todos sentados nesta sala e que haja tantos fãs na pista”, chegou a apontar.

“Parece que o restante do mundo está reagindo, provavelmente um pouco tarde. A NBA foi suspensa, mas a F1 continua trabalhando. O dinheiro é rei, mas, sinceramente, não sei. Não tenho muito mais a acrescentar”.

 

(Lewis Hamilton (Foto: Reprodução))

PREOCUPAÇÃO COM O PLANETA

No final do último ano, Hamilton escreveu um post bastante enigmático em suas redes sociais. Em um texto em seu Instagram, se mostrou reflexivo com a atual situação mundial e afirmou que “honestamente, sinto vontade de desistir de tudo. Desligar completamente. Por que se preocupar quando o mundo está tão bagunçado e as pessoas parecem não se importar? Vou tirar um tempo para reunir meus pensamentos. Obrigado a vocês que se importam com o mundo".

Entretanto, após tantos boatos e muito suspense, voltou a aparecer em seus stories, agora com discurso mais otimista. “Só queria enviar uma mensagem de positividade para vocês. Espero que suas semanas tenham sido ótimas, e desejo a todos um grande fim de semana. Agradeço as vibes positivas que vocês enviaram. Eu não desisti, ainda estou aqui lutando”.

 

 

SUSTENTABILIDADE

Lewis sempre mostrou grande preocupação com o planeta. Trazendo constantemente atenção para a sustentabilidade, o inglês chegou até a elencar todas as principais mudanças que adotou em sua vida pensando em agredir menos o mundo.

“Eu quero neutralizar minhas emissões de carbono no fim do ano. Não permito que ninguém no escritório compre coisas de plástico, por exemplo. Eu vendi meu avião alguns anos atrás. Agora tenho um carro elétrico e vendi alguns dos meus carros”, explicou o piloto.

 

(Lewis Hamilton (Foto: AFP))

VEGANISMO

Não é apenas usando menos plástico e deixando de ter seu próprio avião que o #44 tem se mostrado preocupado com o andamento do mundo. Não é de hoje que o inglês defende uma dieta vegana, ou seja, sem nada de origem animal.

“Ensinaram que comer produtos animais era bom para nós, mas mentiram para nós por centenas de anos. Muitas pessoas, mesmo amigos próximos, ignoram o que está acontecendo diariamente”, chegou a escrever certa vez.

Entretanto, seu estilo de vida já mostrou incomodar outros pilotos. “Acho que é uma coisa ruim ser um atleta e seguir uma dieta vegana. Pelo o que eu sei, houve alguns exemplos de esportistas de resistência que se tornaram vegetarianos ou veganos e tiveram de parar suas dietas, pois não tinham energia suficiente para se exercitar”, falou Romain Grosjean.

 

 

DIVERSIDADE

Um dos pontos sempre levantados pro Hamilton é a falta de diversidade dentro da Fórmula 1. O multicampeão destaca como a categoria prioriza aqueles mais ricos e como ainda são poucos os competidores negros, por exemplo.

“A verdade é que foi incrivelmente difícil entrar nessa indústria. Gostaria de dizer que as coisas mudaram, mas acho que a situação está pior do que nunca. O automobilismo é muito caro, classes de trabalhadores e com menos dinheiro são excluídas desde baixo.”

“As crianças precisam ver pessoas de sucesso que se pareçam com elas para saberem que seus sonhos são realizáveis”, chegou a dizer.

 

(O grid de 2020 da Fórmula 1 (Foto: Fórmula 1))

 

FLORESTA AMAZÔNICA

Alguns meses atrás, a Floresta Amazônica foi alvo de diversas queimadas, notícia que tomou os noticiários de todo o mundo. Mais uma vez Hamilton se mostrou preocupado com a situação da floresta brasileira, enquanto alguns pilotos do próprio país tentavam desconversar sobre o tema.

“É devastador ver nosso mundo sofrer. A Floresta Amazônica está queimando em uma taxa recorde e houve 80% mais incêndios neste ano se comparado com o passado. Os cientistas se referem à Amazônia como os pulmões da Terra, já que produz 20% de todo nosso oxigênio”, escreveu na época.

“Mais do que um campo de futebol tem sido destruído a cada minuto todos os dias, o mundo precisa se unir e ajudar. Se ainda não o fez, poste sobre isso, é vital. Nações Unidas, se há algo que eu possa fazer, estou pronto para fazer o que for”, completou.

 

(Reprodução/Instagram/@lewishamilton)

 

APOIO A KAEPERNICK – E NFL

Em 2017, Colin Kaepernick, então jogador do Francisco 49ers, time da NFL [liga profissional de futebol americano] se ajoelhou durante o hino dos Estados Unidos. O motivo alegado foi de que não iria mostrar orgulho pela bandeira de um país que oprime negros e pessoas de cor.

O atual presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a criticar a atitude e chegou a dizer que o jogador deveria ser demitido. Depois disso, uma onda de manifestações se espalhou pela liga, com diversos nomes cerrando punhos, cruzando braços e não saindo do vestiário durante o hino.

E mais uma vez Hamilton mostrou apoio ao movimento. “Acredito que já oportunidades em todos os lugares [para se posicionar politicamente]. Creio ser aberto para qualquer um ter a liberdade de expressão e acho que todos temos papel em fazer a diferença no mundo. Se seu líder não está ajudando neste aspecto, é preciso que as pessoas realmente tentem e se juntem. Eu me identifico com muitos desses indivíduos”.

 

(Colin Kaepernick (Foto: Reprodução))

MUDAR A F1

Pensando em todas as desigualdades presentes dentro da Fórmula 1, Lewis já deixou claro que espera, um dia, conseguir mudar o cenário dentro da categoria. Além de afirmar que seria difícil entrar no automobilismo nos dias de hoje, apontou que o esporte está indo para um caminho errado.

Entretanto, está determinado em mudar com tudo o que está ao seu alcance. “Sempre me pergunto: ‘o que eu posso fazer? Como posso ajudar?’ Ajudar um único indivíduo não parece o suficiente para mim. Eu quero me envolver com a FIA, com a F1 e tentar mudar o jeito que é para os mais jovens”, falou. 

 

 

DEIXAR ALGO IMPACTANTE

Mas o hexacampeão mostrou que não quer ficar restrito apenas dentro da F1. Além de o já conhecido ídolo Ayrton Senna, o inglês apontou também Nelson Mandela como alvo de admiração. E mandou o recado: só descansa quando fizer algo que vai marcar o mundo.

“[…] Posso dizer que não vou parar até fazer algo muito impactante para o futuro, algo do qual as crianças possam se beneficiar, algo do qual as crianças correndo depois de mim possam se beneficiar. Quero imaginar eu e minha família sendo importantes para essa mudança por maior diversidade no futuro”

 

(Hamilton no encontro com Mandela (Foto: Reprodução))

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